Família pede indemnização após operador tratar urgência como brincadeira
Menor estava a ter um ataque respiratório, mas a sua chamada não foi levada a sério.
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Mundo Espanha
A família de um menor está a pedir uma indemnização de cerca de 100 mil euros, depois de um operador do número de emergência em Espanha julgar que uma chamada de socorro realizada por um adolescente, de 15 anos, era uma brincadeira. Em causa estava um ataque respiratório que deixou o jovem nos Cuidados Intensivos durante vários dias e que provocou sequelas.
Segundo o jornal local Ultima Hora, em janeiro de 2018, o jovem passeava em Inca, município na ilha de Maiorca, quando achou que estava a ter um ataque alérgico após se sentir a sufocar.
O relatório do diretor de emergência revela que a chamada foi atendida por um operador e que "a voz é a de um homem, menor de idade e em situação manifesta de angústia e sintoma de asfixia".
"Emergências 112, como posso ajudá-lo?", questionou o operador. "Olá, estou a ter alergias!", disse o menor. "Vá lá…", responde o operador, que transferiu depois a chamada para um atendimento automático.
O adolescente terá feito uma segunda chamada que não foi atendida e desligada diretamente.
Acabou por perder a consciência, mas quando recuperou conseguiu pedir ajuda a um carro que passava na rua e que o levou diretamente para o hospital de Inca. O jovem foi depois transferido para o Hospital Universitário Son Espases, na sequência de um colapso pulmonar e passou cinco dias nos Cuidados Intensivos. Além disso, foi submetido a uma cirurgia e ficou com sequelas.
A família apresentou queixa-crime por omissão de auxílio e o menor pede uma indemnização.
O relatório do diretor-geral de emergências também concluiu que houve uma "inadmissível falta de diligências" por parte do operador.
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