A empresa Visa está envolta num nova polémica, em Espanha, após ter sido acusada de lucrar com pornografia infantil através de transações da MindGeek, empresa que controla o site para adultos Pornhub.
De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, que noticia o caso, a empresa multinacional americana de serviços financeiros defendeu-se num comunicado indicando que condena "o tráfico sexual, a exploração sexual e os conteúdos de abuso sexual infantil" - que considera "repugnantes" pelos seus "valores e propósitos como empresa".
A multinacional acrescenta que "não tolerará o uso da rede para atividades ilegais".
Refira-se que a polémica não é nova. É o mais recente capítulo nestas acusações que envolvem a Visa e Pornhub.
Em dezembro de 2020, o New York Times acusou o site Pornhub de distribuir vídeos que retratavam abuso e violência infantil sem consentimento, altura em que a gigante dos pagamentos e a rival Mastercard Inc. começaram a rever os laços que as ligavam à MindGeek.
Na acusação proferida na noite de sexta-feira, o juiz distrital dos EUA na Califórnia justificou que “a Visa tomou a decisão de continuar a reconhecer a MindGeek como um negócio, apesar do seu suposto conhecimento de que a empresa monetizava pornografia infantil. A MindGeek tomou a decisão de continuar a monetizar pornografia infantil, e há fatos suficientes para sugerir que a segunda decisão dependeu da primeira" e indicou que se tratava de um caso "simples" de perceber.
O magistrado rejeitou ainda a moção da multinacional para que se rejeitassem as alegações de Serena Fleites, uma mulher que processou a Visa e MindGeek por um vídeo sexualmente explícito de quando tinha 13 anos. O vídeo em questão foi publicado pelo namorado sem o seu consentimento e já tinha 400 mil visualizações quando Fleites o descobriu.
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