A decisão foi tomada "tendo em vista a natureza particularmente hostil do regime do primeiro-ministro [do Canadá] Justin Trudeau" e em resposta a ações destinadas a "insultar não apenas o povo multinacional e multirreligioso da Rússia, mas também os crentes ortodoxos em redor do mundo", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Nos últimos meses, o Canadá adotou uma série de sanções contra Moscovo, na sequência da invasão russa da Ucrânia, que tiveram como alvo em particular o patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa.
Os alvos das sanções por Moscovo distinguiram-se por "atividades maliciosas na luta contra o mundo russo e os valores tradicionais russos", aponta ainda o comunicado da diplomacia russa.
Na lista, destacam-se o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Adrien Blanchard, o padre católico e editor da revista Convivum, Raymond J. de Souza, o comandante de inteligência das Forças Armadas canadianas, Michael Charles Wright, bem como vários conselheiros da vice-primeira-ministra canadiana, Chrystia Freeland e um ativista LGBT, Brent Hawkes.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A ONU contabiliza mais de 5.300 mortos civis, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores, mas que só serão conhecidos quando houver acesso a zonas ocupadas ou sob intensos combates.
O conflito levou o Ocidente a adotar sanções sem precedentes contra Moscovo, que retaliou com medidas semelhantes.
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