"Em 48 horas, os serviços de saúde vão parar, após a interrupção da operação da central elétrico e o esgotamento de combustível nos geradores dos hospitais", informou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, citado pela EFE.
Caso tal se concretize, agravar-se-á a crise humanitária enfrentada pelo enclave palestino, onde 31 pessoas foram mortas e pelo menos 265 ficaram feridas desde o início da atual escalada de violência entre o Exército israelita e a Jihad Islâmica Palestina (YIP), na sexta-feira.
As passagens de fronteira com Israel, incluindo a de Kerem Shalom, por onde o combustível entra, estão fechadas desde terça-feira, antes mesmo do início das hostilidades.
Após a interrupção da operação da central elétrica, no sábado, os mais de dois milhões de pessoas que vivem na sobrelotada Faixa de Gaza têm apenas quatro horas de eletricidade por dia.
Os confrontos continuam hoje com ataques incessantes em ambas as direções, incluindo vários lançamentos de mísseis de Gaza contra comunidades israelitas perto da fronteira e vários bombardeamentos do Exército do Estado Judeu, contra alvos suspeitos de pertencer à Jihad Islâmica.
Israel não regista, até ao momento, qualquer morte, mas deu conta de 20 feridos ligeiros.
Embora as tentativas de mediação egípcias continuem, ainda não há sinais claros de que um cessar-fogo esteja próximo.
Paralelamente, tanto o Governo israelita, quanto o YIP mantêm uma forte retórica de guerra com ameaças mistas.
"O Exército israelita continua a atacar alvos e agentes terroristas e frustrar esquadrões de lançamento de mísseis. Estamos a agir de maneira precisa e responsável para minimizar danos a civis. Esta operação continuará enquanto for necessário", disse hoje o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid.
De Gaza, um porta-voz da Jihad Islâmica pediu para que se destruam "as comunidades do inimigo com projéteis para forçá-los a arrepender-se do terror que cometeram".
Desde o início da atual escalada de violência, o YIP disparou mais de 600 mísseis de Gaza contra Israel, segundo as estimativas do Exército israelita, que, por sua vez, diz ter atingido cerca de 140 alvos do grupo islâmico na Faixa de Gaza.
O atual pico de tensão começou na sexta-feira, com uma forte ofensiva israelita contra alvos da Jihad, em Gaza, a antecipar uma retaliação da Jihad, após a prisão, na segunda-feira, de um dos seus líderes, durante um ataque na Cisjordânia ocupada.
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