A família de Gabby Petito notificou, na segunda-feira, o estado norte-americano de Utah da sua intenção de apresentar um processo de morte injusta, alegando que a polícia não reconheceu que a jovem estava em risco de vida no ano passado quando investigou uma luta entre ela e o namorado, Brian Laundrie.
A discussão aconteceu semanas antes de Laundrie, de 23 anos, a ter estrangulado enquanto viajavam de carrinha pelo país. O aviso de queixa alega que a polícia de Moab não deu importância a sinais de que Petito, de 22 anos, foi vítima de violência doméstica e deixou que continuassem juntos após uma noite separados.
O vídeo da câmara da polícia do dia do desentendimento entre ambos mostra Petito, de 22 anos, visivelmente perturbada, o que levantou questões sobre se uma resposta diferente da polícia poderia ter evitado a sua morte.
"Se os agentes tivessem sido devidamente treinados e seguido a lei, hoje a Gabby ainda estaria viva", disse o advogado James McConkie numa declaração ao anunciar que seria dado início a um novo processo, relata o US News.
Já no início deste ano, uma investigação independente descobriu que a polícia de Moab cometeu "vários erros involuntários" quando lidou com Petito e Laundrie, como tal, este processo poderá resultar numa indemnização equivalente a 49 milhões de euros.
Petito e o namorado, Brian Laundrie, partiram em julho para uma viagem pelo país para visitar os parques nacionais no oeste dos Estados Unidos. No entanto, Laundrie regressou sozinho a casa dos pais, em North Port, Florida, a 1 de setembro.
A família de Petito deu o alerta para o desaparecimento da jovem a 11 de setembro, na polícia do condado de Suffolk, Nova Iorque. Viria a descobrir-se, mais tarde, que Gabby tinha sido assassinada e o corpo do namorado tinha sido encontrado pelas autoridades.
Petito foi dada como desaparecida um mês após a discussão que a polícia teve conhecimento e o seu corpo foi descoberto no dia 19 de setembro na borda do Parque Nacional de Grand Teton, no Wyoming.
Laundrie suicidou-se mais tarde na Florida, depois de ter sido nomeada a única pessoa de interesse na sua morte. Petito e Landrie eram originalmente de Long Island, Nova Iorque.
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