Os protestos decorreram em várias zonas do país, incluindo cidades e regiões rurais, noticiaram os 'media' locais.
"Depois da morte do jovem Ibrahima Baldé, 19 anos, Alpha Oumar Barry, 16 anos, é a segunda vítima mortal deste dia de protestos", noticiou o jornal local Guinee Matin, citando familiares dos mortos.
Em Conacri, os manifestantes cortaram o trânsito em várias partes da cidade, o que provocou fortes confrontos com a polícia e o exército.
As manifestações foram organizadas pela plataforma opositora Frente Nacional para a Defensa da Constituição (FNDC), uma organização que junta sociedade civil, sindicatos e partidos da oposição.
Apesar da proibição de manifestações em vigor desde maio, a FNDC justifica a convocatória com a "ausência de um quadro de diálogo" entre a junta militar, os atores políticos e a sociedade civil, o "confisco dos direitos e liberdades dos cidadãos", a "corrupção endémica", e a falta de transparência na gestão pública, entre outros.
Em 28 e 29 de julho, pelo menos cinco pessoas morreram em outras manifestações convocadas pela FNDC, depois de as forças de segurança as reprimirem com violência.
No dia 06 de agosto, a junta militar, liderada pelo coronel Mamadi Doumbouya, ordenou, por decreto, a dissolução da plataforma opositora, uma resolução que a FNDC descreveu como "ilegal, infundada e arbitrária".
As organizações Human Rights Watch (HRW) e Amnistia Internacional (AI) condenaram as ações das autoridades de Conacri, alegando que essas medidas "minam ainda mais a democracia".
A Guiné-Conacri é dirigida por uma junta militar desde 05 de setembro de 2021, quando membros do Grupo de Forças Especiais do Exército liderados por Doumbouya fizeram um golpe de Estado e derrubaram o então Presidente desde 2010, Alpha Condé.
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