A Rússia invadiu a Ucrânia há seis meses, desencadeando uma guerra que continua sem qualquer perspetiva de terminar em breve.
Além de morte e destruição numa dimensão ainda por determinar, a guerra desencadeada a 24 de fevereiro perturbou a distribuição mundial de cereais, de que Ucrânia e Rússia são grandes produtores, fazendo recear uma crise alimentar global.
A guerra pôs também a descoberto a dependência de muitos países da energia russa, com a União Europeia a procurar alternativas que poderão não chegar a tempo do inverno, abrindo a possibilidade de Moscovo capitalizar o possível descontentamento dos europeus.
Como em todas as guerras, o conflito na Ucrânia é também uma "guerra de propaganda", com ambos os lados a darem muitas informações que não podem ser verificadas por fontes independentes.
Aqui fica uma cronologia dos principais acontecimentos relacionados com a guerra na Ucrânia, com base em diversas fontes, incluindo as agências AFP, AP, EFE e Lusa:
21 de fevereiro
- Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconhece repúblicas de Donetsk e Lugansk, e anuncia envio de uma missão de "manutenção da paz" russa para as duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.
22 de fevereiro
- Parlamento russo autoriza Putin a usar a força militar fora do território nacional.
23 de fevereiro
- Ucrânia decreta estado de emergência.
- Secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que o mundo enfrenta "momento de perigo".
24 de fevereiro
- Putin anuncia "operação militar especial" para "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia, e impedir "genocídio" de russófonos no país vizinho.
- A invasão começa minutos depois da comunicação de Putin. De madrugada, ouvem-se as primeiras explosões em Kiev e noutras cidades.
- Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decreta lei marcial e corta relações diplomáticas com Moscovo.
25 de fevereiro
- Forças russas avançam em direção a Kiev, Kharkiv e Kherson.
- Putin apela aos militares ucranianos para que derrubem regime de "neonazis" e "viciados em drogas" de Kiev.
- Estados Unidos da América (EUA) dizem que Rússia enfrenta mais resistência do que esperava.
- Zelensky rejeita oferta dos EUA para sair do país e divulga vídeo para mostrar que permanece em Kiev.
- União Europeia (UE) inclui Putin e o seu chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, na lista de russos alvo de sanções.
- Rússia veta resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a exigir retirada das suas tropas.
- Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ativa força de reação rápida, que inclui militares portugueses, para "evitar transgressões em território" aliado.
- Governo português anuncia concessão imediata de vistos a ucranianos em fuga e admite que Portugal pode sofrer consequências do aumento do preço do gás como consequência do conflito.
26 de fevereiro
- Putin lembra ao Ocidente que Rússia possui armas nucleares.
- Chanceler alemão, Olaf Scholz, anuncia envio de armamento alemão para a Ucrânia.
27 de fevereiro
- UE suspende utilização do seu espaço aéreo por aviões russos e proíbe emissões de canais estatais da Rússia.
28 de fevereiro
- Ucrânia e Rússia iniciam negociações na Bielorrússia, que são suspensas após algumas sessões.
- Zelensky pede adesão rápida da Ucrânia à UE através de um mecanismo especial.
- UE aprova apoio de 1.500 milhões de euros em armamento para a Ucrânia.
1 de março
- Presidente dos EUA, Joe Biden, decreta encerramento do espaço aéreo a aviões russos.
- Irão culpa EUA pela invasão da Ucrânia e pede fim da guerra.
- PCP vota contra resolução do Parlamento Europeu a condenar a invasão por entender que "instiga a escalada da confrontação".
2 de março
- Assembleia Geral da ONU exige à Rússia fim da ofensiva, mas a resolução apoiada por 141 dos 193 Estados-membros não tem caráter vinculativo.
- Gás natural atinge máximo histórico de 194,715 euros.
- Opositor russo Alexei Navalny, na prisão, pede aos russos que se manifestem contra a invasão e chama "czar louco" a Putin.
- Rússia admite pela primeira vez baixas na Ucrânia: 498 soldados mortos e 1.597 feridos.
- China opõe-se a sanções contra a Rússia e mantém laços económicos e comerciais com Moscovo.
4 de março
- Rússia ataca central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa.
5 de março
- Zelensky critica NATO por não impor zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.
6 de março
- Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pede cessar-fogo imediato a Putin.
7 de março
- EUA e Reino Unido anunciam embargo ao gás e petróleo russos.
9 de março
- Ataque russo à maternidade de Mariupol causa indignação internacional.
10 de março
- Conversações na Turquia entre chefes da diplomacia russo, Serguei Lavrov, e ucraniano, Dmytro Kuleba, sem sucesso.
13 de março
- Rússia ataca base ucraniana a 20 quilómetros da fronteira polaca.
16 de março
- Conselho da Europa expulsa Rússia.
- Zelensky fala no Congresso dos EUA, por vídeo.
24 de março
- Zelensky pede à NATO "assistência militar sem restrições".
26 de março
- Em Varsóvia, Biden chama "carniceiro" a Putin e diz que líder russo "não pode permanecer no poder".
29 de março
- Rússia anuncia redução de ataques na região de Kiev para facilitar um acordo, Ucrânia admite desistir de pretender aderir à NATO.
31 de março
- NATO diz que tropas russas não se estão a retirar, mas a reagrupar-se no leste.
2 de abril
- Descoberta de centenas de cadáveres nas ruas e em valas comuns em Bucha, perto de Kiev, provoca indignação internacional contra Moscovo, que nega acusações.
7 de abril
- ONU suspende Rússia do Conselho dos Direitos Humanos.
8 de abril
- Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entrega a Zelensky questionário sobre processo de adesão à UE.
- Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reúne-se com Zelensky em Kiev.
- UE aprova embargo à importação de carvão russo.
13 de abril
- ONU avisa que guerra deixa 1.700 milhões de pessoas expostas à falta de alimentos e energia.
14 de abril
- Ucrânia anuncia que afundou navio-almirante da Frota do Mar Negro, "Moskva".
19 de abril
- Rússia anuncia segunda fase da guerra de libertação do Donbass.
21 de abril
- Zelensky discursa por vídeo perante o parlamento português e pede apoio militar e diplomático.
26 de abril
- Guterres reúne-se com Putin em Moscovo.
28 de abril
- Guterres reúne-se com Zelensky em Kiev.
- Rússia ataca Kiev durante visita do chefe da ONU.
2 de maio
- UEFA proíbe clubes russos nas competições europeias de futebol em 2022-2023.
9 de maio
- Ucrânia responde a questionário de adesão à UE.
12 de maio
- ONU aprova abertura de investigação a alegadas violações dos direitos humanos por tropas russas.
14 de maio
- ONU contabiliza mais de 14 milhões de desalojados pela guerra, incluindo seis milhões de refugiados, e diz tratar-se da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
16 de maio
- Combatentes ucranianos entrincheirados na fábrica Azovstal entregam-se às forças russas. Moscovo diz que se renderam 2.400 soldados.
- McDonald's anuncia saída do mercado russo após 30 anos.
17 de maio
- Comissão Europeia alerta para risco de grave rutura de abastecimento de gás no inverno.
18 de maio
- Suécia e Finlândia formalizam candidatura à NATO.
- Comissão Europeia anuncia pacote energético de 210.000 milhões de euros até 2027, para UE deixar de depender da Rússia.
- Anuncia também ajuda de curto prazo à Ucrânia, até 9.000 milhões de euros, a disponibilizar ainda este ano.
20 de maio
- Países do G7 comprometem-se a mobilizar 20.000 milhões de dólares (mais de 19.670 milhões de euros, ao câmbio atual) para apoiar Ucrânia.
21 de maio
- Primeiro-ministro português, António Costa, reúne-se com Zelensky em Kiev e assina acordo para concessão de um apoio financeiro de 250 milhões euros.
- Biden atribui novo apoio à Ucrânia de 40.000 milhões de dólares (mais de 39.340 milhões de euros).
23 de maio
- Ucrânia condena soldado russo a prisão perpétua por ter matado um civil desarmado, no primeiro julgamento de crimes de guerra relacionado com o conflito. Após recurso, a pena é reduzida para 15 anos.
24 de maio
- Von der Leyen acusa Moscovo de usar escassez alimentar para chantagear Ocidente.
25 de maio
- Rússia exige levantamento de sanções para evitar crise alimentar mundial.
27 de maio
- Igreja Ortodoxa Ucraniana anuncia rutura com Patriarcado de Moscovo por apoiar guerra na Ucrânia.
- ONU confirma morte de mais de 4.000 civis e anuncia regresso à Ucrânia de 2,1 milhões de pessoas.
- Serviços de informações ucranianos admitem que a guerra poderá durar até ao final de 2022.
29 de maio
- Zelensky visita Kharkiv e demite o chefe da segurança local.
30 de maio
- Forças russas intensificam ataques no Donbass.
- UE aprova embargo às importações de petróleo russo até final de 2022.
- Inflação na Alemanha sobe para novo máximo em quase 50 anos.
1 de junho
- Gazprom anuncia quebra de 27,6% das exportações de gás até maio.
- EUA anunciam envio de sistema de artilharia HIMARS, Moscovo diz que Washington está a "atirar gasolina para a fogueira".
2 de junho
- Zelensky admite que Rússia controla cerca de 20% (cerca de 125.000 quilómetros quadrados) do território ucraniano.
3 de junho
- Ao assinalar os 100 dias de guerra, Zelensky diz aos ucranianos que vencerão a Rússia.
- Moscovo diz que libertou "muitas localidades" em 100 dias e que ofensiva continuará até atingir todos os objetivos.
- Presidente da União Africana e do Senegal, Macky Sall, reúne-se com Putin e pede ao Ocidente que não impeça Moscovo de enviar cereais e fertilizantes para África.
- Alemanha aprova orçamento extraordinário de 100.000 milhões de euros para modernizar forças armadas.
7 de junho
- Ucrânia opõe-se à visita do diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) à central nuclear de Zaporijia enquanto estiver ocupada por forças russas.
- Banco Mundial (BM) aprova financiamento de 1.400 milhões de euros para pagar salários dos funcionários públicos ucranianos.
8 de junho
- Autoridades de Mariupol transportam para morgues e aterros centenas de corpos encontrados nos escombros de edifícios.
- Alemanha decide manter centrais a carvão e petróleo para enfrentar eventual escassez de gás.
- Líderes pró-russos de Zaporijia admitem integração da região na Rússia.
9 de junho
- Autoridades pró-russas de Donetsk condenam à morte dois britânicos e um marroquino acusados de lutarem ao lado das forças ucranianas. ONU diz que sentença é um crime de guerra.
- Putin compara a sua política à do czar Pedro I, o Grande (1672-1725), que invadiu parte da Suécia, Finlândia, Estónia e Letónia.
10 de junho
- Separatistas pró-russos de Lugansk começam a enviar cereais para a Rússia. Ucrânia considera tratar-se de um roubo.
- Rússia abandona Organização Mundial do Turismo.
11 de junho
- Rússia entrega primeiros passaportes a habitantes de Kherson, no sul da Ucrânia.
12 de junho
- Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, expressa "total apoio" a Putin.
14 de junho
- Polícia ucraniana abre processo penal para investigar morte de 12.000 pessoas, muitas delas encontradas em valas comuns.
- Rússia anuncia redução de 40% das entregas de gás à Alemanha.
15 de junho
- Presidente da China, Xi Jiping, assegura a Putin apoio em questões de soberania e segurança.
- Biden pede às grandes petrolíferas que aumentem produção e baixem preços, e anuncia novo apoio militar à Ucrânia de 1.000 milhões de dólares (995 milhões de euros).
- Reino Unido anuncia entrega de sistemas de lançamento de foguetes GMLRS à Ucrânia.
16 de junho
- Líderes da Alemanha, França, Itália e Roménia visitam Kiev para expressar apoio à entrada da Ucrânia na UE.
17 de junho
- Líder separatista de Donetsk, Denis Puchilin, pede à Rússia que liberte toda a Ucrânia, incluindo "a cidade russa de Kiev".
18 de junho
- Zelensky visita cidade portuária de Mykolaiv (sul), um dia depois de ter sido bombardeada.
- Autoridades ucranianas relatam "batalhas ferozes" em Severodonetsk.
19 de junho
- Rússia denuncia bloqueio parcial do trânsito de mercadorias entre Lituânia e enclave de Kaliningrado.
20 de junho
- Rússia prevê redução de mais de 9% da produção de petróleo em 2022 e 2023 devido a sanções da UE.
- Zelensky diz à União Africana que África está refém da Rússia por Moscovo bloquear exportação de cereais ucranianos.
23 de junho
- UE aprova atribuição a Ucrânia e Moldova do estatuto de candidatos à adesão. Zelensky saúda "momento único e histórico".
- UNESCO diz que mais de 150 monumentos ou sítios históricos protegidos foram danificados ou destruídos pela guerra.
- Alemanha ativa "nível de alerta", face à queda de 60% do fornecimento de gás russo.
- Portugal acusa Rússia de usar fome como arma.
- Ucrânia anuncia chegada de lança-foguetes norte-americanos HIMARS, e EUA atribuem mais 450 milhões de dólares (448 milhões de euros) em ajuda militar.
- Guterres admite, em entrevista à Lusa, que a negociação de um acordo para desbloquear cereais ucranianos é a tarefa mais importante em que está envolvido.
24 de junho
- Ucrânia anuncia retirada das suas forças de Severodonetsk, face ao avanço russo.
25 de junho
- Zelensky destitui embaixadora ucraniana em Lisboa, diplomata diz tratar-se de rotação agendada.
- Rússia anuncia fornecimento de mísseis táticos à Bielorrússia.
26 de junho
- Reino Unido, EUA, Canadá e Japão proíbem importações de ouro russo.
- Ministro da Defesa russo visita tropas em território ucraniano.
27 de junho
- Rússia entra em incumprimento pela primeira vez em 100 anos, segundo a Bloomberg, mas Moscovo nega.
- Putin promete ao Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, manter envio de fertilizantes.
- Ucrânia denuncia ataque contra centro comercial na cidade de Kremenchuk (centro).
28 de junho
- Turquia levanta veto à adesão de Suécia e Finlândia à NATO, na véspera da cimeira da aliança em Madrid.
- Rússia declara que guerra só terminará quando forças ucranianas se renderem e aceitarem todas as condições russas.
29 de junho
- No novo conceito estratégico, NATO declara Rússia como "a maior e mais direta ameaça" e que a China "desafia os interesses, segurança e valores" aliados.
- NATO inicia em Madrid processo de adesão de Suécia e Finlândia.
- Zelensky diz que Rússia disparou mais de 2.800 mísseis contra o país desde o início da guerra e reforça pedido de armas.
- Síria junta-se à Rússia e reconhece Donetsk e Lugansk.
30 de junho
- Rússia anuncia retirada da ilha ucraniana da Serpente para facilitar a exportação de cereais. Forças ucranianas dizem que forçaram retirada russa.
- ONU diz que 16 milhões de ucranianos precisam de água, alimentos e cuidados de saúde.
1 de julho
- Hungria opõe-se a novas sanções da UE e recusa parar compras de gás russo.
- Putin culpa Ocidente pela guerra e pela crise alimentar em conversações com primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
3 de julho
- Rússia anuncia controlo total de Lugansk.
- Exército ucraniano confirma retirada das suas forças de Lysychansk, em Lugansk.
- Rússia diz que explosões em cidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia causaram três mortos e quatro feridos.
4 de julho
- Astronautas russos desfraldam bandeiras de Donetsk e Lugansk no espaço.
5 de julho
- Basquetebolista dos EUA Brittney Griner, detida na Rússia por alegado contrabando de drogas, pede intervenção de Biden. Posteriormente, é referida como podendo fazer parte de uma troca de presos entre Moscovo e Washington.
- Conferência de Lugano aprova princípios orientadores da reconstrução da Ucrânia, com investimento de 750.000 milhões de dólares (mais de 747.200 milhões de euros) ao longo de 10 anos.
- Dinamarca torna-se no primeiro país a ratificar adesão da Suécia e Finlândia.
6 de julho
- Rússia endurece penas de prisão para quem se oponha ao regime.
- Ucrânia diz que cumpriu 70% das reformas para aderir à UE.
7 de julho
- Putin desafia Ocidente a derrotar Rússia no campo de batalha ucraniano.
8 de julho
- Rússia anuncia pausa operacional para restaurar capacidade de combate.
- Lavrov reúne-se com homólogos do Brasil e Argentina à margem do G20, na Indonésia.
- Putin adverte para possível efeito catastrófico das sanções ocidentais.
9 de julho
- Chefes da diplomacia da China, Wang Yi, e dos EUA, Antony Blinken, reúnem-se na Indonésia.
- Ucrânia diz que ataque russo contra edifício residencial matou dezenas de pessoas.
10 de julho
- Soldados ucranianos iniciam plano de treino no Reino Unido.
11 de julho
- Putin facilita atribuição da cidadania russa a todos os ucranianos.
12 de julho
- UE aprova mais 1.000 milhões de euros de ajuda à Ucrânia, que passa para 2.200 milhões de euros.
- ONU confirma morte de mais de 5.000 civis na guerra.
13 de julho
- ONU diz que mais de 16.000 pessoas foram detidas na Rússia em protestos contra a guerra.
- Coreia do Norte junta-se a Rússia e Síria e reconhece Donetsk e Lugansk.
- Hungria decreta estado de emergência energética antecipando possível corte da Rússia.
14 de julho
- Comissão Europeia anuncia abrandamento da economia da zona euro devido à guerra e alerta para consequências de eventual corte do fornecimento do gás russo.
- Petróleo Brent cai 2,4%, para 97,20 dólares, o mínimo desde o início da guerra.
- Kiev denuncia ataque em Vinnytsia (centro), que provoca dezenas de mortos, Moscovo diz que visou reunião com fornecedores de armas ocidentais.
15 de julho
- Forças separatistas anunciam morte em cativeiro de "mercenário" britânico.
- Ucrânia acusa Rússia de ter atacado mais de 17.300 alvos civis contra apenas 300 alvos militares em quase cinco meses de guerra.
- Separatistas de Lugansk anunciam organização de referendo sobre adesão à Rússia.
17 de julho
- Zelensky demite chefe dos serviços de segurança e procuradora-geral, alegando que mais de 60 membros dos dois serviços trabalhavam contra o Estado.
22 de julho
- Ucrânia, Rússia, Turquia e ONU assinam acordos de Istambul para retomar a exportação de cereais bloqueados nos portos ucranianos.
23 de julho
- Ucrânia denuncia ataque russo contra porto de Odessa, considerado essencial para cumprir acordos de Istambul.
26 de julho
- Ministros da Energia da UE chegam a acordo sobre redução de 15% do consumo de gás até à primavera de 2023, com Portugal abrangido por uma exceção que permite cortar até 7%.
29 de julho
- Ataque contra prisão de Olenivka, em Donetsk, mata 50 prisioneiros ucranianos que se tinham rendido em Mariupol. Serviços secretos ucranianos responsabilizam companhia militar privada Wagner, ao serviço dos russos. Moscovo culpa Zelensky e EUA.
- Blinken e Lavrov falam pela primeira vez em cinco meses: Blinken diz que mundo nunca aceitará anexação de territórios e Lavrov diz que EUA "prolongam agonia do regime de Kiev" com envio de armas.
30 de julho
- Rússia suspende fornecimento de gás à Letónia.
31 de julho
- Putin aprova nova doutrina naval para marcar linhas vermelhas ao Ocidente nos mares Negro, Báltico e Ártico, face a mudanças geopolíticas originadas pela guerra.
- Explosão em base naval russa na Crimeia faz seis feridos.
1 de agosto
- Primeiro carregamento de cereais deixa porto de Odessa, no âmbito dos acordos de Istambul. Até 18 de agosto, segundo dados das autoridades turcas, 27 navios transportam cerca de 625.000 toneladas de cereais.
8 de agosto
- EUA dizem que cerca de 80.000 soldados russos foram mortos ou feridos.
11 de agosto
- Novos ataques de artilharia atingem central nuclear de Zaporijia, com Ucrânia e Rússia a culparem-se mutuamente.
- Scholz defende gasoduto a partir de Portugal, Costa diz que Alemanha pode contar com empenho total de Portugal no projeto.
- Letónia declara Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo.
16 de agosto
- Portugal anuncia que concedeu 49.997 proteções temporárias a ucranianos ou estrangeiros desde o início da guerra.
- Explosões em depósito de munições russo na Crimeia. Moscovo admite ato de sabotagem.
18 de agosto
- Zelensky, Erdogan e Guterres reúnem-se em Lviv e defendem desmilitarização da central nuclear de Zaporijia, sob ocupação russa.
- Zelensky exclui negociações de paz com Rússia sem retirada prévia de tropas russas.
- Rússia desloca três caças com mísseis hipersónicos para enclave de Kaliningrado.
19 de agosto
- Em visita a Odessa, Guterres apela para abertura dos mercados a alimentos russos. Avisa também que eletricidade produzida na central de Zaporijia pertence à Ucrânia, face a denúncias de que a Rússia a pretende desligar da rede ucraniana.
- França anuncia que Putin aceitou missão da AIEA à central de Zaporijia passe por território ucraniano.
- EUA reforçam ajuda militar a Kiev com 800 milhões de dólares (797 milhões de euros).
20 de agosto
- Rússia acusa forças ucranianas de usarem armas químicas em Zaporijia.
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