A decisão foi tomada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com a notícia da Ria Novosti citada pela agência de notícias italiana Ansa.
O líder do Kremlin enfrenta desde março de 2023 um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), devido à deportação forçada de crianças ucranianas para a Rússia.
Olga Lyubimova é, por sua vez, alvo de sanções da União Europeia, dos Estados Unidos e do Reino Unido, no âmbito da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e sob acusação de tentativa de destruição da herança e identidade cultural ucraniana.
No dia da morte do Papa, na passada segunda-feira, o presidente russo prestou homenagem a Francisco, que lembrou como um "líder sábio" e um "defensor constante dos elevados valores do humanismo e da justiça".
Ambos mantiveram três encontros durante curtas visitas de Putin ao Vaticano em 2013, 2015 e 2019.
O papa, cujos repetidos apelos para a paz na Ucrânia não foram ouvidos, foi, no entanto, criticado por Kiev em diversas ocasiões pelas declarações sobre o conflito.
Por outro lado, as relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e o Vaticano têm sido frias, até mesmo hostis, há séculos, e nunca nenhum papa visitou a Rússia.
Em 2016, Francisco avistou-se com o patriarca ortodoxo russo Kirill, em Havana, num encontro inédito desde a separação das igrejas oriental e ocidental em 1054.
O papa morreu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), depois de 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A última aparição pública aconteceu no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
[Notícia atualizada às 20h15]
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