Algumas centenas de opositores de Kirchner reuniram-se no bairro da Recoleta, na capital argentina. Com bandeiras do país, bateram em panelas e cantaram palavras de ordem hostis à vice-presidente, em comemoração da acusação.
Horas antes, o Ministério Público (MP) da Argentina tinha pedido 12 anos de prisão e a inelegibilidade perpétua para o exercício de cargos públicos, por corrupção para Kirchner, que foi presidente do país entre 2007 e 2015.
Os apoiantes de Kirchner, em menor número, também convergiram junto da casa da política, e a polícia de Buenos Aires rapidamente se mobilizou, montando cordões, alguns com equipamento antimotim, para manter os dois grupos isolados.
Alguns confrontos de apoiantes de Kirchner com a polícia levaram os agentes a usar gás lacrimogéneo e, de acordo com a imprensa argentina, um deputado provincial foi brevemente detido.
Kirchner, de 69 anos, foi julgada de forma remota num caso de alegada concessão fraudulenta de contratos públicos no seu reduto político na província de Santa Cruz, na Patagónia (sul), quando era presidente.
No processo, são julgadas as supostas irregularidades na concessão de 51 obras públicas a empresas do empresário Lázaro Báez durante os governos de Nestor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).
O MP também pediu a condenação de Lázaro Báez, do ex-ministro do Planeamento Julio De Vido e outros antigos funcionários de Kirchner.
A sentença só será conhecida dentro de alguns meses e Kirchner goza atualmente de imunidade política, por ocupar os cargos de vice-presidente e presidente do Senado argentino.
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