A greve dos trabalhadores da recolha de lixo transformou Edimburgo, na Escócia, num mar de resíduos. Perante este cenário, o governo escocês está sob pressão para “impedir um embaraço internacional”, à medida que a disrupção na luta por melhores salários se alastra.
Nicola Sturgeon, primeira ministra do país, espera que um aumento de 5% da oferta salarial seja suficiente para acabar com a paralisação, enquanto o Partido Conservador Escocês e os Liberais Democratas exigem ação por parte do governo, segundo a Sky News.
Contudo, os efeitos da greve já são notórios, num momento em que Edimburgo é o "centro do mundo cultural", acolhendo diversos festivais – entre eles o Festival Internacional de Edimburgo e o Festival Fringe de Edimburgo.
"Ninguém quer ver esta disrupção e impacto das greves que estamos a testemunhas em Edimburgo", confessou a chefe do Governo.
A Convenção das Autoridades Locais Escocesas (Cosla) apresentou esta última oferta na sexta-feira e, embora os sindicatos tenham aceitado considerar o acordo, salientaram que o valor está significativamente abaixo da taxa de inflação.
“Ainda que a oferta de 5% seja uma melhoria, é importante enfatizar que surge num momento em que o índice de preços de retalho atingiu o valor mais alto em 40 anos, nos 12,3%”, apontou Alison Maclean, da Unite.
Apesar de ter admitido considerar a oferta, a responsável apontou que, “neste momento, as greves marcadas para a próxima semana continuarão conforme o planeado”.
Recorde-se que a paralisação teve início na quinta-feira da semana passada, tendo como base a luta por melhores salários. A disrupção, a primeira de uma série de protestos planeados pelos sindicados, deverá durar até 30 de agosto.
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