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Rússia não reativa gasoduto Nord Stream que fornece gás à Europa

O grupo russo Gazprom concretizou hoje o anúncio feito na sexta-feira de que suspenderia, até novo aviso, o fornecimento à Europa através do gasoduto Nord Stream e não retomou o fluxo de gás esta madrugada, conforme inicialmente previsto.

Rússia não reativa gasoduto Nord Stream que fornece gás à Europa
Notícias ao Minuto

09:27 - 03/09/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Segundo dados operacionais recolhidos pela Nord Stream AG, empresa gestora da infraestrutura, com sede na Suíça, todas as indicações para cada faixa horária durante o dia de hoje estão a zero.

A Gazprom, que controla o gasoduto que liga a Rússia à Alemanha sob o Mar Báltico, cumpre assim o anúncio feito na sexta-feira de que pararia "completamente" o fornecimento de gás através do Nord Stream devido a "fugas de óleo" detetadas numa turbina durante a operação de manutenção da única unidade compressora que ainda estava em funcionamento.

Devido a esta operação de manutenção, o gasoduto -- vital para os fornecimentos à Europa - deveria ter ficado inativo durante três dias e retomar hoje a operação, pelas 04:00 de Moscovo (01:00 GMT).

Esta retoma seria feita nos níveis anteriores, ou seja, a 20% da sua capacidade, ou 33 milhões de metros cúbicos por dia, algo que não acabou agora por não acontecer, com a Rússia a alegar que a fuga de óleo não garante uma operação segura.

Segundo assegura a Gazprom, a eliminação completa das fugas de óleo na turbina "só é possível" numa fábrica especializada do fornecedor alemão Siemens.

No entanto, a empresa alemã garantiu que não há motivos técnicos para parar o gasoduto, pois normalmente esse tipo de fugas não afeta o funcionamento de uma turbina e pode ser vedado 'in loco', numa operação de rotina.

Da mesma forma, a União Europeia também não acredita no motivo avançado para o corte de gás, classificando-o como uma "falácia".

A Gazprom tem reduzido o gás fornecido via Nord Stream nos últimos meses e em julho já tinha feito trabalhos de manutenção durante 10 dias, tendo depois retomado as entregas com um nível mais limitado.

No contexto de guerra na Ucrânia, a energia tem estado no centro de um braço-de-ferro entre Moscovo e os países ocidentais, que acusam a Rússia de utilizar o gás "como uma arma".

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