Rússia condena ataque à embaixada em Cabul e exige julgamento
A Rússia condenou hoje o atentado terrorista ocorrido em Cabul, em que morreram dois funcionários da embaixada russa no Afeganistão e 11 outras pessoas ficaram feridas, e exigiu a captura e o julgamento dos responsáveis pelo incidente.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
"Trata-se de um atentado. Condenamos categoricamente este tipo de atos terroristas. Agora, o mais importante é obter informações a partir do local dos factos sobre o que aconteceu aos nossos representantes, aos nossos diplomatas", afirmou, na tradicional conferência de imprensa diária, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, indicou ter a informação de que o atentado foi perpetrado por "um terrorista que ativou um artefacto explosivo" nas imediações da entrada da secção consular da embaixada da Rússia em Cabul, provocando dois mortos entre os funcionários da missão diplomática.
"De imediato foram tomadas medidas para reforçar a proteção do perímetro exterior" da embaixada, acrescentou Lavrov à entrada de uma reunião com o homólogo tajique, Sirojiddin Muhriddin.
O chefe da diplomacia russa acrescentou que, além das forças de segurança russas ligadas à embaixada, estiveram no local militares das autoridades talibã e os serviços secretos do Afeganistão.
"Acreditamos que os responsáveis por este atentado terrorista e os respetivos executantes recebam rapidamente a merecida punição", sublinhou Lavrov.
Segundo as autoridades afegãs, pelo menos duas pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas no atentado suicida de hoje depois de um bombista suicida ter detonado vários explosivos junto à entrada da representação diplomática russa, localizada na zona sudoeste da capital afegã.
O incidente ocorreu "em frente à embaixada russa, quando o bombista suicida tentou atacar o chefe de segurança da embaixada", disse o chefe da polícia da zona, Malavi Saber, em declarações à agência espanhola EFE.
"Entre os mortos está um funcionário afegão da embaixada russa e um civil", referiu inicialmente a mesma fonte, precisando que um membro das forças de segurança talibãs consta entre os 11 feridos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo já confirmou, entretanto, que a explosão matou dois membros do pessoal da embaixada.
A agência noticiosa estatal russa RIA Novosti também referiu o ataque, avançando que o incidente ocorreu quando um funcionário diplomático russo se dirigiu à zona exterior da embaixada para chamar os nomes dos candidatos a um visto que ali aguardavam.
A Rússia foi um dos poucos países a defender a reaproximação ao regime talibã, apesar de não contar com o reconhecimento da comunidade internacional.
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