A primeira amputação cirúrgica da História foi feita ao pé esquerdo de uma criança, membro de uma tribo de Bornéu, ilha situada na Ásia, há 31 mil anos, e permitiu que o rapaz vivesse mais nove anos com o membro cortado.
Esta cirurgia foi realizada milhares de anos antes da que se considerava ser a mais antiga feita há sete mil anos em França: a remoção do antebraço de um homem.
A descoberta foi feita por investigadores australianos através de um esqueleto com, pelo menos, 31 mil anos, onde é visível que, apesar de o pé ter sido amputado quando o homem ainda era uma criança, conseguiu recuperar e viver mais nove anos com esta condição.
Tim Maloney e os colegas da Universidade de Griffith, na Austrália, encontraram os restos humanos numa caverna de pedra calcária de Liang Tebo, localizada em Kalimantan Oriental, onde estavam mais sepulturas.
Este avanço na ciência foi publicado num artigo na revista Nature, onde explica que, nas florestas tropicais asiáticas, este método já era utilizado milhares de anos antes do que se acreditava ter sido a primeira amputação alguma vez realizada.
Uma revelação inesperada, dado que para realizar uma amputação é necessário conhecimento profundo da anatomia humana e higiene cirúrgica, bem como competência técnica. Antes dos desenvolvimentos clínicos modernos, a maioria das pessoas submetidas a este tipo de cirurgias morreu devido à perda de sangue ou a uma infecção subsequente.
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