Os Países Baixos decidiram permitir que várias cidades, incluindo Haia, continuem a utilizar os seus contratos de fornecimento de gás com a subsidiária alemã da Gazprom até, pelo menos, dia 1 de janeiro.
Numa carta ao parlamento, o ministro da Energia Rob Jetten explicou que o governo holandês entende que a empresa esteja sujeita a sanções europeias contra a Rússia, mas pretende obter esclarecimentos da Comissão Europeia, informa a Reuters.
No documento, Jetten identificou a empresa anteriormente conhecida como Gazprom como "SEFE Energy Ltd" e referiu que é "propriedade da Rússia". "Dado que o governo alemão tem o controlo total sobre a SEFE, mas ainda não adquiriu a propriedade das suas ações, a SEFE cai sob o regime de sanções", escreveu.
O regulador de energia alemão disse, em abril, que iria administrar a Gazprom Germania - uma empresa de comércio, armazenamento e transmissão - que, em junho, passou a chamar-se Securing Energy for Europe GmbH.
O ministro da Energia dos Países Baixos solicitou anteriormente aos 120 municípios holandeses e outras organizações públicas envolvidas que terminassem os seus contratos com a empresa até 10 de outubro, ao abrigo das regras de sanções europeias para contratos abertos a concurso público.
Contudo, a maioria das principais cidades holandesas que tinham acordos com a Gazprom, incluindo a Utrecht, já celebraram novos acordos de compra de gás. Já Haia argumentou que não conseguiu encontrar uma alternativa até à data limite e solicitou uma isenção.
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