Bruxelas adverte que sem uma natureza saudável não há segurança alimentar

O comissário europeu do Ambiente, Virginijus Sinkevicius, advertiu hoje que sem uma natureza "saudável" não será possível garantir a segurança alimentar, ao intervir num debate no Parlamento Europeu sobre as consequências da seca, incêndios e outros eventos climáticos extremos.

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Lusa
13/09/2022 17:50 ‧ 13/09/2022 por Lusa

Mundo

União Europeia

 

As catástrofes naturais verificadas este verão na Europa e no resto do mundo são "mais um alerta" para a crise climática, disse o político lituano, alertando que "sem uma natureza saudável e resiliente, não haverá segurança alimentar".

O comissário admitiu que a União Europeia (UE) está "atrasada" com a sua resposta à crise climática, mas espera que não seja "demasiado tarde" se forem entretanto tomadas medidas.

A nova Política Agrícola Comum (PAC), que entrará em vigor em 2023 e promove uma agricultura mais verde, bem como estratégias de biodiversidade e a ideia "do produtor para a mesa", é o plano comunitário para que os agricultores "sejam mais resilientes face à perda de biodiversidade e às alterações climáticas", cujas consequências "já estão a enfrentar".

"A nossa apólice é uma apólice de seguro para o futuro de todo o setor (agrícola), tão dependente de uma natureza saudável", disse o comissário na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França.

Sinkevicius disse que os "terríveis acontecimentos" que ocorreram este verão na Europa e no mundo, como secas, incêndios e inundações, mostram que "as alterações climáticas e a perda de biodiversidade estão a progredir cada vez mais rapidamente", e questionou quantos alertas mais são precisos para agir.

Referiu que este verão se tem assistido a "uma aceleração alarmante e à propagação de incêndios florestais na Europa" e "embora a temporada ainda não tenha terminado, já bateu todos os recordes".

O comissário europeu acrescentou que o calor "está a esgotar a população, afetando o bem-estar, certos empregos e atividades", e afirmou ainda que "para as gerações mais novas, este pode ter sido o verão mais frio que viveram".

Leia Também: Afeganistão: Insegurança alimentar "aguda" atinge 19 milhões de pessoas

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