Em 28 de setembro de 2009, as forças de segurança da Guiné-Conacri mataram pelo menos 157 pessoas e violaram 109 mulheres no estádio, onde milhares de opositores à candidatura presidencial do então líder da junta, Moussa Dadis Camara, estava reunidos, de acordo com uma comissão de inquérito das Nações Unidas.
O julgamento irá "revisitar" a história do país e assegurar que todos saem dele "com uma nova visão da Guiné, onde a impunidade deixará de ter o seu lugar", disse o ministro da Justiça, citado pela agência France-Presse, após uma reunião do comité diretor do julgamento.
O julgamento, acrescentou, poderia permitir ao país avançar para o "processo de reconciliação que tem sido tão procurado".
A investigação judicial terminou em dezembro de 2017, levando uma dúzia de arguidos a tribunal, incluindo Moussa Dadis Camara.
Mas as vítimas e os seus familiares aguardavam por este julgamento com ansiedade, que foi repetidamente adiado apesar das garantias das autoridades lideradas pelo antigo Presidente Alpha Condé, que governou entre 2010 e 2021.
Os ativistas e defensores dos direitos humanos têm insistido na ida a julgamento dos arguidos, argumentando que isso seria um passo em frente contra a impunidade que afirmam ser a norma na Guiné-Conacri.
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