A dias de completar sete meses de guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, o mais recente envio de armamento autorizado, avaliado no equivalente a 600 milhões de euros.
A Ucrânia continua a ter apoio internacional - não só em sanções como em armamento - porém, este nem sempre corresponde ao que o país pretende. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, lamentou que o novo pacote de ajuda militar anunciado pela Alemanha não corresponda às necessidades imediatas da Ucrânia e pediu a Berlim para "derrubar o muro de armas". Já a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, indicou que serão entregues "muito em breve" veículos blindados, mas excluiu o envio dos tanques de guerra solicitados por Kyiv.
Perante uma ofensiva que parece não ter fim, o diretor da Agência de Inteligência de Defesa confessou que acredita que "estamos a chegar a um ponto em que Putin terá que rever quais são os seus objetivos para esta operação" dado que, nas suas palavras, as contrariedades e os recursos limitados de Moscovo na Ucrânia demonstram que as suas forças são incapazes de alcançar os objetivos iniciais do presidente russo.
Embora o país invadido continue a defender-se dos constantes ataques do exército russo, Zelensky não baixa os braços nem deixa de motivar civis e militares: "Juntos venceremos", foi a frase que marcou o seu último discurso à nação.