Fiona, que até domingo era uma tempestade tropical, fortaleceu-se ao aproximar-se de Porto Rico e o seu olho passou perto de Punta Tocon às 15:20 locais (19:20 em Portugal), de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América.
Na sua última aparição na imprensa, o governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, reconheceu que há "danos catastróficos" na ilha, tanto em casas particulares como em infraestruturas públicas.
O Centro Nacional de Furacões advertiu que o Fiona tem "ventos muito perigosos" e que pode provocar inundações devido a chuvas fortes na costa leste e sul da ilha.
As fortes rajadas de vento e chuva foram sentidas em Porto Rico desde sábado e intensificaram-se durante o domingo, causando o corte de energia na ilha.
"Como resultado do mau tempo, o sistema elétrico sofreu várias interrupções nas linhas de transmissão, o que contribuiu para um apagão em toda a ilha", informou na rede social Twitter a Luma Energy, a empresa responsável pela transmissão e distribuição de eletricidade.
A empresa disse que "devido à magnitude e âmbito da interrupção, o restauro total do serviço de eletricidade pode levar vários dias".
A rede elétrica de Porto Rico é muito frágil, especialmente desde o furacão Maria, que há cinco anos devastou a ilha e arrasou toda a rede elétrica, deixando grande parte da população no escuro durante meses.
O Serviço Meteorológico Nacional primeiro relatou um risco de inundações repentinas nos municípios do sudeste da ilha, mas depois estendeu o alerta a praticamente todo o território, incluindo San Juan e a sua área metropolitana.
Fontes municipais dizem que há famílias isoladas devido a estradas cortadas e rios que transbordaram em várias regiões. No centro do país uma ponte colapsou e há estradas muito danificadas.
As autoridades exortaram as comunidades que vivem perto de rios que transbordaram para irem de imediato para zonas mais altas.
De acordo com números governamentais, mais de 1.000 pessoas estão em 105 abrigos em toda a ilha.
O furacão levou ao cancelamento de todos os voos dos aeroportos da ilha, incluindo o Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marín, enquanto os portos marítimos estão fechados desde sábado até novo aviso.
O governador Pedro Pierluisi declarou o estado de emergência federal no sábado e pediu a Washington que declarasse uma emergência federal, uma medida aprovada no domingo pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
A chegada de Fiona ocorre apenas dois dias antes do quinto aniversário do furacão Maria, que causou cerca de 3.000 mortos e 100 mil milhões de dólares de prejuízos em Porto Rico.
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