Várias mulheres iranianas mostram a sua raiva perante a morte de Mahsa Amini, a jovem iraniana, de 22 anos, que morreu após ter sido presa pela chamada 'polícia da moralidade', depois de ter sido encontrada uma falha no seu lenço de cabeça ou hijab.
Em vídeos partilhados nas redes sociais pode ver-se mulheres a cortar o cabelo e a queimar o seu hijab como forma de descontentamento e revolta após a morte da jovem que tem vindo a gerar protestos, tal como no domingo no seu funeral, onde a polícia disparou gás lacrimogéneo.
Não só as mulheres manifestaram publicamente a sua opinião sobre o uso do hijab, como muitos homens também saíram à rua em protesto.
No Twitter, foram também partilhados vídeos onde grupos de mulheres tiram o hijab em público em manifestações nas ruas do Irão. Casos como o de Mahsa Amini servem de coragem e dão força a muitas mulheres, ao acompanhar o vídeo abaixo pode ler-se: "Muitas perderam o medo de o remover [o hijab] e é cada vez mais comum vê-las [às mulheres] a tirá-lo em público".
Un grupo de valientes mujeres, que se animaron a quitarse el hiyab en público, están liderando las movilizaciones por las calles de Irán. Muchas han perdido el miedo a quitárselo y es cada vez más frecuente ver que se lo saquen en público. Impresionante. pic.twitter.com/C25M4m714b
— Agustín Antonetti (@agusantonetti) September 18, 2022
O corpo de Amini foi transportado, no sábado, para a sua cidade natal Saghez, a 460 quilómetros de Teerão, na província do noroeste do Curdistão.
As autoridades lançaram investigações sobre a sua morte após ordem do presidente Ebrahim Raisi, informou o meio de comunicação estatal.
Segundo a lei sharia do Irão, imposta após a revolução de 1979, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos e usar roupas largas para disfarçar as suas curvas.
A 'polícia da moralidade' do Irão tem sido criticada nos últimos anos pelo seu tratamento às mulheres.
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