Num discurso à nação pela primeira vez desde o início da invasão russa, Vladimir Putin disse pela primeira vez a palavra "guerra" e apelou à indústria de armamento russa para aumentar a produção para compensar o fornecimento de armas para a guerra na Ucrânia.
O líder russo justificou a decisão com ataques ucranianos contra civis russos, referindo os "mercenários do Ocidente que fornecem armamento às forças armadas ucranianas".
Num discurso pré-gravado, que estava marcado para terça-feira à noite mas só passou esta quarta-feira, pelas 7h de Portugal, Putin justificou a sua agressão militar e pronunciou a palavra "guerra" pela primeira vez: "Os ocidentais empurraram a Ucrânia para a guerra connosco".
O maior anúncio deste discurso foi uma "mobilização militar parcial". O chefe de Estado sublinhou que "são necessários passos para defender a soberania e integridade territorial da Rússia".
"Apenas os cidadãos que se encontram atualmente na reserva e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas, têm certas especialidades militares e experiência relevante, serão sujeitos a alistamento", afirmou.
Recorde-se que foi anunciado que os territórios separatistas pró-russos da região de Donbass, na Ucrânia, vão realizar de 23 a 27 de setembro referendos para decidirem sobre a sua anexação pela Rússia.
Leia Também: Putin anuncia mobilização militar parcial