O Irão restringiu o acesso a pelo menos duas redes sociais e deixou milhões de pessoas sem internet, de acordo com o que avançou a Reuters na quarta-feira
De acordo com o regulador NetBlocks, alguns residentes não conseguiam aceder nas últimas horas ao Instagram nem ao WhatsApp, das poucas plataformas ainda autorizadas no país. Uma das principias operadoras de comunicações tem registado falhas por todo o país, deixando milhões de pessoas sem conseguir navegar na internet.
As falhas acontecem quase uma semana depois da morte de Mahsa Amini, uma jovem que morreu sob custódia da polícia iraniana, depois de as autoridades morais a terem detido por uso incorreto do hijab. A morte da Mahsa, de 22 anos, gerou uma onda de protestos por todo o país - e mundo -, com muitas mulheres - e homens - a manifestarem-se.
Vídeos de mulheres a cortarem os cabelos e a queimarem os hijabs em fogueiras têm surgido, assim como protestos no país.
Na sequência das manifestações e da luta pelos direitos das mulheres - e direitos humanos - já morrerem, de acordo com as autoridades iranianas, oito pessoas.
Dias depois da morte de Mahsa, a polícia classificou o acontecimento como um "incidente infeliz". Segundo a lei sharia do Irão, imposta após a revolução de 1979, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos e usar roupas largas para disfarçar as suas curvas.
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