No seu discurso diário, Zelensky afirmou estar convencido de que "o mundo irá reagir com a maior justiça aos pseudo-referendos" e que estes "serão inequivocamente condenados".
Os referendos russos de anexação de territórios começaram hoje em quatro regiões da Ucrânia controladas total ou parcialmente por Moscovo.
Os escrutínios são descritos por Kiev e pelo Ocidente como "simulacros" e marcam uma nova fase da escalada do conflito que teve início em 24 de fevereiro.
Centenas de assembleias de voto deverão ser abertas nos quatro territórios e outras na Rússia, para permitir que os deslocados possam votar.
Os referendos sobre a adesão dos territórios ucranianos de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson à Federação russa começaram hoje e decorrem até 27 de setembro, indicaram as autoridades pró-russas dessas regiões.
O anúncio oficial de realização dessas consultas populares para anexação dos territórios ucranianos sob ocupação russa foi feito num discurso à nação proferido na quarta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Os referendos foram anunciados juntamente com a mobilização de 300.000 reservistas russos para combater na Ucrânia e uma ameaça velada de utilização de armas nucleares contra o Ocidente.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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