Referendos na Ucrânia? "Israel não vai reconhecer resultados"

Israel disse, esta terça-feira, que não vai reconhecer os resultados dos referendos de anexação iniciados na passada sexta-feira em quatro regiões ucranianas sob controlo total ou parcial da Rússia.

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Lusa
27/09/2022 20:52 ‧ 27/09/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Israel reconhece a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e não vai reconhecer os resultados dos referendos nas regiões orientais da Ucrânia", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros na noite desta terça-feira, citado em comunicado.

A Rússia e as autoridades das regiões pró-russas indicaram hoje que o "sim" estava à frente em grande parte desses "referendos" de anexação.

Após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro, Israel assumiu uma postura cautelosa, afirmando relações privilegiadas com ambos os países e abstendo-se de fornecer armas a Kyiv.

O Estado judeu, no entanto, enviou equipamentos de defesa, incluindo capacetes e coletes à prova de balas para a Ucrânia.

No domingo, o embaixador israelita em Kyiv anunciou que Telavive iria receber 20 militares ucranianos feridos durante o conflito para receberem tratamento.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.996 civis mortos e 8.848 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Senado russo vai discutir anexação de territórios a 4 de outubro

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