Presidente sul-africano nega acusações de lavagem de dinheiro
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, negou hoje as acusações de lavagem de dinheiro, quando questionado pelos deputados sobre o escândalo que ameaça a sua presidência à frente da economia africana mais desenvolvida.
© Reuters
Mundo Cyril Ramaphosa
"Nego que alguma vez tenha havido alguma lavagem de dinheiro", disse Ramaphosa no parlamento, na Cidade do Cabo, acrescentando: "Era o resultado da venda de animais. Tenho sido um criador de animais de caça há vários anos, e é uma atividade que às vezes resulta na venda de animais".
Ramaphosa sempre disse que não fez nada de errado no incidente, mas até agora tinha evitado explicar diretamente o que aconteceu, referindo-se ao roubo da sua casa, no qual foi descoberto uma grande quantidade de dinheiro escondido.
O Presidente confirmou o roubo e disse ter informado o chefe da segurança presidencial, mas as suspeitas prejudicaram a imagem do Presidente que substituiu Jacob Zuma, obrigado a demitir-se depois de sucessivos escândalos de corrupção.
As autoridades sul-africanas já estão a investigar o roubo de uma grande quantia de dinheiro, cerca de 4 milhões de dólares em dinheiro, descobertos durante um roubo ao seu rancho, em 2020, o qual alegadamente o Presidente terá tentado esconder para impedir que fosse conhecida a existência do dinheiro.
A polícia e o painel de peritos legais nomeados pelo parlamento não apresentou qualquer queixa formal contra o Presidente, que continua a ser investigado.
Ramaphosa, de 69 anos, procura renovar o mandato do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) em dezembro, e se não vencer essa eleição interna, deverá ter de sair da presidência, seguindo o que aconteceu com Jacob Zuma e Thabo Mbeki, que perderam a confiança do partido e acabaram por resignar ao cargo.
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