Reynders explicou no Congresso de Espanha que tinha pedido informação "detalhada" sobre os procedimentos em curso e as normas aplicáveis para controlar este tipo de programas.
Nesse sentido, recordou que, quando os Estados alegam razões de segurança nacional para tomar determinadas decisões, estas devem ser "proporcionais e necessárias" e conformes à lei.
A Comissão dirigiu-se a outros Estados membros, como Hungria, Polónia e Grécia em termos similares, porque existe uma "preocupação" com esta situação.
Não se exige "todos os intercâmbios administrativos", mas sim informação sobre "como é possível utilizar este tipo de 'software' e com que tipo de legislação", especificou o comissário posteriormente durante um encontro com jornalistas.
Reynders indicou que se pediu que a informação "seja escrita porque é importante que a Comissão possa ler um texto concreto".
Em maio, o governo de Madrid destituiu a diretora do Centro Nacional de Informações (CNI), Paz Esteban, depois de uma forte polémica por causa da espionagem a que foram sujeitos independentistas bascos e catalães, bem como os telefones do chefe do Executivo, Pedro Sánchez, e vários ministros.
Esteban tinha reconhecido, em comissão parlamentar, que o CNI tinha espiado uma vintena de dirigentes independentistas com a autorização judicial pertinente que exige a lei.
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