Kuleba discutiu com secretário-geral da NATO detalhes da adesão ucraniana
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, conversou hoje com o secretário-geral da NATO, Jens Sotltenberg, sobre os detalhes do pedido de adesão do país àquela organização, revelou o governante.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
"Desde o diálogo com o presidente Volodymyr Zelensky, tive uma conversa telefónica com Jens Stoltenberg para o informar dos pormenores do pedido de adesão da Ucrânia", revelou Dimitro Kuleba numa publicação no Twitter.
O ministro ucraniano disse ainda que os dois concordaram "em manter contactos sobre esta questão" e discutiram "medidas práticas para que a NATO apoie a Ucrânia a combater a agressão russa".
Hoje, Dmytro Kuleba conversou também com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a quem agradeceu o "apoio firme" à Ucrânia, concretizado recentemente num compromisso de 12.350 milhões de dólares em ajudas.
Blinken "assegurou" a Kuleba que, "sejam quais forem as ações ilegais de Putin, os Estados Unidos vão continuar a apoiar a Ucrânia na sua justa luta".
Na sequência da anexação de quatro regiões ucranianas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) por parte da Rússia, a Ucrânia formalizou na sexta-feira um pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
A possibilidade da entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica foi uma das justificações dadas por Putin para ordenar a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano.
Antes da invasão, Putin exigiu à NATO garantias de que nunca aceitaria a adesão da Ucrânia e da Geórgia, bem como o regresso das forças aliadas às posições anteriores ao alargamento a Leste, tendo a NATO e os aliados ocidentais recusado tais exigências.
Numa reação ao pedido de adesão da Ucrânia, o secretário-geral da NATO lembrou, na sexta-feira, que a decisão tem de ser aprovada por todos os membros da aliança.
Stoltenberg disse também que a Ucrânia tem o direito de retomar os territórios "agora ocupados pela força" e prometeu o apoio dos aliados nesse processo de libertação.
"Esta é a maior tentativa de anexação de território europeu pela força desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 15% do território da Ucrânia, uma área aproximadamente do tamanho de Portugal, foi tomado ilegalmente pela Rússia com a ponta da pistola", declarou Stoltenberg.
A anexação das quatro regiões ucranianas seguiu-se a uma mobilização parcial decretada por Putin em 21 de setembro, após reveses sofridos pelas tropas russas na Ucrânia.
A mobilização, que abrange 300.000 mil reservistas, levou dezenas de milhares de russos a fugir para países vizinhos.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra na Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm afirmado que será muito elevado.
Leia Também: Kyiv promete mais bandeiras ucranianas no Donbass já na próxima semana
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com