Pró-russos de regiões anexadas reconhecem avanço das forças ucranianas

As autoridades pró-russas de Lugansk e Kherson reconheceram hoje que as forças ucranianas estão a tentar romper as suas defesas em algumas zonas das duas regiões anexadas pela Rússia, mas disseram que estão a resistir.

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Lusa
04/10/2022 12:40 ‧ 04/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O porta-voz militar de Lugansk (leste), Andrei Marochko, disse à agência oficial russa TASS que as tropas ucranianas avançaram até perto da cidade de Kreminna, onde as forças leais a Moscovo estão a tentar resistir.

"A situação na cidade de Kreminna está mais ou menos calma, sob controlo, mas o inimigo não para de tentar romper a nossa linha de defesa", disse Marochko, segundo a agência espanhola EFE.

Marochko disse que as forças ucranianas sofreram "enormes perdas", mas admitiu que, apesar disso, "estão a tentar avançar".

Em Kherson (sul), o chefe adjunto pró-russo da administração militar e civil, Kiril Stremousov, disse que as forças ucranianas estavam sob fogo perto de Dudchany.

"Na área de Dudchany, o avanço dos nazis [forças ucranianas] parou praticamente. Agora, a aviação e a artilharia estão a aniquilar todos aqueles que invadiram o território soberano da Federação Russa", disse Stremousov na rede social Telegram.

O atual avanço ucraniano no leste e sul do país segue-se à libertação de mais de 450 localidades na região nordeste de Kharkiv.

A imprensa ucraniana noticiou, na segunda-feira, que as forças de Kiev retomaram o controlo da cidade de Borova, localizada a leste do rio Oskil, na região de Kharkiv, no âmbito da contraofensiva lançada no início de setembro.

Segundo o mesmo jornal, as forças ucranianas atravessaram já o rio Oskil e a contraofensiva "inclui agora também as regiões vizinhas de Donetsk e Lugansk da Ucrânia".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no seu discurso noturno ao povo que "a luta feroz continua" e que novas localidades foram libertadas em várias regiões, mas sem especificar.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia anexou Donetsk, Lugansk (Donbass), Kherson e Zaporijia em 30 de setembro, após referendos não reconhecidos pela Ucrânia nem pela maioria da comunidade internacional.

As quatro regiões correspondem a 15% do território da Ucrânia e têm uma área "aproximadamente do tamanho de Portugal", segundo a NATO.

O Senado russo aprovou hoje as leis de ratificação dos tratados de anexação assinados pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e pelos líderes pró-russos das quatro regiões, um dia depois da aprovação na câmara baixa do parlamento (Duma).

A anexação das quatro regiões ocorreu no âmbito da guerra em curso na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa do país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano.

Putin usou um processo idêntico para anexar a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

Leia Também: UE chama diplomata russo para condenar anexações que nunca reconhecerá

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