Grupo russo Wagner apoia líder do último golpe de Estado no Burkina Faso

O empresário próximo do Kremlin e fundador do grupo paramilitar Wagner, Evguéni Prigojine, manifestou publicamente o seu apoio ao capitão Ibrahim Traoré, o novo homem forte de Burkina Faso, após um segundo golpe de Estado em oito meses no país.

Notícia

© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

Lusa
04/10/2022 17:47 ‧ 04/10/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Saúdo e apoio o capitão Ibrahim Traoré", disse Prigojine, numa publicação na página da sua empresa, Concord.

Ibrahim Traoré e os seus homens "fizeram o que era necessário e fizeram-no apenas para o bem do seu povo", sublinhou.

"Por isso felicito e saúdo calorosamente o capitão Ibrahim Traoré, um filho verdadeiramente corajoso (...) da sua pátria", acrescentou Prigojine.

No final de setembro, Yevgeni Prigojine admitiu ter fundado o grupo paramilitar Wagner em 2014, presente em muitos conflitos no mundo, descrevendo-o como um "pilar" da defesa dos interesses russos.

Wagner, cuja presença foi documentada por oito anos na Ucrânia, Síria, Líbia, República Centro-Africana ou mesmo Mali, é conhecido como o exército sombra de Vladimir Putin, promovendo os interesses russos em fornecer combatentes, mas também instrutores e conselheiros militares.

O Kremlin sempre negou ter ligações com grupos paramilitares.

Leia Também: Empresário próximo de Putin admite ter fundado grupo paramilitar Wagner

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