O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, criticou, esta sexta-feira, a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2022 ao ativista bielorrusso Ales Bialiatski e à organização russa de defesa dos direitos humanos ‘Memorial’. Sublinhe-se que também a organização ucraniana ‘Centro para as Liberdades Civis’ foi galardoada com a mesma distinção.
“O Comité Nobel tem uma interessante compreensão da palavra ‘paz’ se os representantes de dois países que atacaram um terceiro recebem um Nobel da Paz”, afirmou o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Nem organizações russas nem bielorrussas foram capazes de organizar a resistência à guerra. O Nobel deste ano é ‘fantástico’”, ironizou
Nobel Committee has an interesting understanding of word "peace" if representatives of two countries that attacked a third one receive @NobelPrize together. Neither Russian nor Belarusian organizations were able to organize resistance to the war. This year's Nobel is "awesome".
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) October 7, 2022
Ales Bialiatski, de 60 anos e atualmente preso na Bielorrússia, fundou a organização Viasna (Primavera) em 1996 para ajudar presos políticos e as respetivas famílias, na sequência da repressão imposta pelo regime do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Já a organização russa Memorial foi criada em 1987 para investigar e registar crimes cometidos pelo regime soviético, mas tem denunciado violações de direitos humanos na Rússia, e o Centro para as Liberdades Civis surgiu em Kyiv, em 2007, para fazer avançar os direitos humanos e a democracia na Ucrânia.
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