Um dos manifestantes terá morrido na cidade de Sanandaj, depois de ter sido baleado enquanto conduzia um carro por buzinar às forças de segurança presentes no local por onde passava, refere.
Já um outro foi morto depois dos agentes policiais dispararem tiros para dispersar a multidão onde, para além desta morte, causaram 10 feridos.
O Irão vive hoje um novo dia de protestos em várias cidades pela morte de Mahsa Amini, manifestações que estão a entrar na quarta semana.
Após três dias de folga sem protestos - quarta-feira era feriado e quinta-feira e sexta-feira são o fim de semana no país persa - a semana iraniana começou com apelos a manifestações por parte de universidades e ativistas.
Os manifestantes gritam palavras antigovernamentais e enrolam lenços na cabeça em repúdio aos códigos de vestuário religiosos coercitivos.
Em algumas zonas, os comerciantes fecharam as lojas em resposta a um apelo de ativistas para uma greve comercial ou para evitar danos.
Amini, 22 anos, morreu a 16 de setembro depois de ter sido detida três dias antes pela chamada Polícia Moral de Teerão, com o fundamento de que usava incorretamente o véu islâmico.
O Instituto de Medicina Legal iraniano disse na sexta-feira - e portanto um feriado público - que Amini morreu de uma enfermidade anterior e não de espancamentos policiais.
Segundo o relatório forense do instituto estatal, a morte da foi devida a falência de múltiplos órgãos após hipoxia cerebral (esgotamento do oxigénio) e não foi "causada por golpes na cabeça e nos órgãos vitais e membros do corpo".
A morte de Amini provocou protestos que têm continuado desde então e que sofreram mutações, desde grandes mobilizações de mulheres que queimam véus e são fortemente reprimidas pelas forças de segurança até universidades e mesmo escolas onde as raparigas removem os véus.
Estes confrontos causaram 41 mortes de acordo com a contagem da televisão estatal na semana passada, mas a ONG Iran Human Rights com sede em Oslo coloca o número em 92.
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