Putin promete "resposta dura" contra "ataques terroristas" face à Rússia
A posição surge horas depois das suas tropas terem levado a cabo ataques massivos sobre o território ucraniano, como resposta ao facto da ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, ter sido atingida no sábado.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou a Ucrânia com uma "resposta dura" caso persistam aquilo que considerou serem "ataques terroristas" contra a Rússia. As declarações foram proferidas num discurso durante a reunião do Conselho de Segurança da Rússia, que foram difundidas na televisão nacional, aqui citadas pelo The Guardian.
A posição surge horas depois das suas tropas terem levado a cabo ataques massivos sobre o território ucraniano, com Putin a assumir que esta se tratou de uma resposta ao facto da ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, ter sido atingida no sábado.
Desta vez, Vladimir Putin voltou a culpar Kyiv pela ataque sobre essa mesma infraestrutura na Crimeia, descrevendo-o como um "ataque terrorista que visava a destruição de infraestruturas civis críticas importantes da Rússia".
E avisou ainda: "Se os atos de terrorismo continuarem contra a Rússia, responderemos de uma forma muito dura. As respostas serão da mesma escala que as ameaças à Rússia. Ninguém deve ter quaisquer dúvidas a esse respeito".
De recordar que a Rússia lançou, esta segunda-feira, ataques com recurso a mísseis de longo alcance sobre o território ucraniano, contra as infraestruturas energéticas, militares e de comunicações da Ucrânia.
Ao longo desta manhã, várias cidades ucranianas - nomeadamente Kyiv, Lviv, Kharkiv, Mykolaiv, Zaporíjia, Dnipro, Zhytomyr e Ternopil - registaram inúmeras explosões. De momento, apenas existem estimativas acerca das fatalidades em Kyiv, com Rostislav Smirnov, assessor chefe do Ministério do Interior da Ucrânia, a dar conta que pelo menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), 6.114 civis mortos e 9.132 feridos desde o início da guerra, apesar desta entidade alertar que estes números ficam bastante abaixo dos reais.
Leia Também: AO MINUTO: Invasão de espaço aéreo da Moldova; 83 mísseis disparados
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com