"Os prefeitos sabem muito bem diferenciar o que é meu Governo em relação aos anteriores", disse Bolsonaro, após se reunir com uma dezena de chefes municipais de diversas regiões e, principalmente, do interior do estado de São Paulo, que constitui o maior colégio eleitoral do Brasil.
De acordo com o Presidente brasileiro, o apoio virá na segunda volta porque as câmaras legislativas foram renovadas e a maioria dos prefeitos estava mais focada em apoiar as campanhas dos candidatos às vagas no parlamento e nas assembleias estaduais.
"O esforço deles foi mais focado em ajudar a eleger deputados, mas agora os prefeitos vão-se voltar totalmente para o segundo turno das eleições presidenciais", garantiu Bolsonaro.
A maioria dos prefeitos que visitaram o Presidente brasileiro governam municípios do interior de São Paulo, que também elegerá um novo governador na segunda volta, no dia 30.
A disputa neste caso é entre o "bolsonarista" Tarcísio Gomes de Freitas, que obteve 42,3% em 02 de outubro, ante 35,7% alcançados pelo progressista Fernando Haddad, candidato de Lula da Silva neste estado estratégico.
"Temos certeza de que, agora, a maioria dos prefeitos [de São Paulo] estará com o Tarcísio e também com a minha candidatura," declarou Jair Bolsonaro.
Na primeira volta, o "bolsonarismo" e seus aliados de direita mais moderados mantiveram os governos regionais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, que são, respetivamente, os dois maiores colégios eleitorais depois de São Paulo.
Juntas, essas três regiões concentram cerca de 63 milhões de eleitores, de um total de 156 milhões em todo o país.
O ex-presidente Lula da Silva ganhou a primeira volta das eleições brasileiras com 48,4% dos votos, enquanto Jair Bolsonaro obteve 43,2%.
Os dois competirão pela presidência na segunda volta marcada em 30 de outubro.
Segundo uma pesquisa divulgada sexta-feira pelo Instituto Datafolha, Lula da Silva tem 49% de intenções de voto contra 44% de Bolsonaro.
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