Soldado israelita morto por militantes palestinianos, diz exército

Um soldado israelita foi hoje morto num tiroteio no norte da Cisjordânia, anunciou o exército, que adiantou estar em curso uma operação para capturar os autores dos disparos.

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© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
11/10/2022 19:18 ‧ 11/10/2022 por Lusa

Mundo

Palestina

 

A morte do militar israelita é o mais recente incidente da atual onda de violência israelo-palestiniana na região e aconteceu dias depois de uma mulher soldado ter sido abatida num posto de controlo no leste de Jerusalém.

O incidente de hoje ocorre também 24 horas depois de um jovem palestiniano de 12 anos ter morrido na sequência de ferimentos sofridos num ataque militar israelita na Cisjordânia ocupada.

Israel tem vindo a realizar ataques noturnos na Cisjordânia como resposta a ataques palestinianos que causaram a morte a 19 pessoas. A maior parte dos incidentes concentrou-se no norte da Cisjordânia.

Os ataques israelitas mataram mais de 100 palestinianos durante esse período, tornando-se o ano mais mortífero no território ocupado desde 2015.

Os militares israelitas referem que a grande maioria dos mortos eram militantes palestinianos que colocaram soldados em perigo. Mas diversos civis também foram mortos durante a operação de vários meses levada a cabo por Israel, incluindo uma jornalista veterana e um advogado que aparentemente se dirigiu involuntariamente para uma zona de confrontos e rusgas.

Israel defendeu que as operações no terreno visam desmantelar redes militantes palestinianas. 

Por seu lado, os palestinianos consideram que as operações israelitas minaram as suas próprias forças de segurança e visam fortalecer os 55 anos de ocupação militar dos territórios.

Hoje, o exército israelita disse que o tiroteio aconteceu perto do colonato judaico de Shavei Shomron, a poucos quilómetros a noroeste da cidade palestina de Nablus. 

Segundo o exército, os soldados israelitas que patrulhavam a área foram atacados por dois palestinianos que se deslocavam num veículo e que se puseram em fuga.

O 'Den of Lions', um novo grupo militante liderado por jovens combatentes de Nablus, reivindicou a responsabilidade.

"Um grupo dos nossos heroicos combatentes realizou uma operação qualitativa. Queremos dizer aos colonos que cercam a cidade de Nablus que, hoje, veremos quem cercará quem", afirmou o grupo, em comunicado.

Entretanto, no campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém, as forças israelitas continuam à procura do atirador que matou a mulher soldado na noite de sábado.

Israel ocupou a Cisjordânia na Guerra do Médio Oriente, na chamada 'Guerra dos Seis Dias', em 1967 e a área acolhe agora cerca de meio milhão de colonos israelitas. A comunidade internacional considera que os colonatos são ilegais e que constituem obstáculos à paz.

Os palestinianos reivindicam toda a Cisjordânia, bem como Jerusalém Oriental, e também a Faixa de Gaza, para edificar um Estado independente.

Leia Também: Morreu palestiniano de 12 anos alvejado sábado em 'raid' israelita

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