A presença de Bolsonaro, que assistiu à missa das 14h00 horas locais (18h00 GMT) no maior santuário do Brasil, foi vista pelos seus opositores como oportunista no meio da campanha para o segundo turno presidencial a 30 de outubro.
À chegada à basílica na cidade de Aparecida, Bolsonaro causou uma agitação com gritos de "mito, mito" - como lhe chamam os seus apoiantes.
O líder brasileiro chegou ao santuário depois de assistir à inauguração de uma igreja evangélica no estado de Minas Gerais.
Bolsonaro, que construiu a sua bandeira política com o slogan " Brasil acima de tudo, Deus acima de tudo", sempre apelou à religião e aos ideais conservadores para ganhar votos na sua carreira política.
Embora tenha um forte apoio entre os evangélicos, que constituem cerca de 30% do eleitorado, é casado com uma evangélica e foi mesmo batizado no rio Jordão, confessa ser católico.
A pouco mais de duas semanas da segunda volta, Bolsonaro quer ganhar votos entre os católicos com o mesmo discurso com que ganhou o apoio dos evangélicos, proclamando valores cristãos e conservadores.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu a primeira volta com 48,4% dos votos, contra 43,2% de Bolsonaro, e as últimas sondagens colocam-no como vencedor na segunda volta, a 30 de Outubro.
O uso da religião como arma no meio da campanha eleitoral foi "veementemente" condenado na véspera pelo Episcopado brasileiro, que lamentou a "intensificação da exploração da fé e da religião como forma de capturar votos na segunda volta".
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