"As forças israelitas prenderam dois jovens palestinianos no bairro ocupado de Sheikh Jarrah em Jerusalém Oriental na sexta-feira [hoje]... depois de invadir as suas residências e agredi-los e as suas famílias", informou a agência oficial de notícias palestiniana, WAFA.
Na noite de quinta-feira, Itamar Ben Gvir levantou uma arma de fogo naquele bairro de Jerusalém durante confrontos entre judeus israelitas e palestinianos que fizeram com cinco pessoas fossem detidas.
Embora não tenha disparado, o líder do partido de extrema-direita Otzma Yehudit e cuja figura política se tornou extremamente popular, pediu às autoridades policiais que usem munições verdadeiras contra árabes que atiram pedras.
"Terroristas árabes estão a atirar pedras e a colocar em risco a minha vida e a vida dos moradores e a polícia tem medo de disparar", publicou no Twitter, junto com uma fotografia a manipular a arma.
Itamar Ben Gvir, que é um aliado do ex-primeiro-ministro israelita e líder da oposição Benjamin Netanyahu, visita muitas vezes Sheikh Jarrah nos momentos de maior tensão, tendo já sido acusado de alimentar confrontos, até com a polícia.
Sheikh Jarrah é um dos bairros mais complicados de Jerusalém Oriental, com nacionalistas judeus a tentar há décadas despejar moradores palestinianos em lutas legais e físicas.
Israel ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental em 1967 e, desde então, promove o colonato -- ilegal sob a lei internacional -- de colonos judeus.
Em 1980, Jerusalém Oriental foi anexada, um sítio que os palestinianos consideram a capital do seu futuro estado.
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