Kyiv volta a ser atacada por drones kamikaze. Ouvidas várias explosões

Pelo menos cinco explosões foram ouvidas esta manhã em Kyiv, com as autoridades ucranianas a apelar aos residentes que procurem refúgio, exatamente uma semana após uma vaga de ataques russos contra a capital da Ucrânia.

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© ASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

Tomásia Sousa com Lusa
17/10/2022 06:16 ‧ 17/10/2022 por Tomásia Sousa com Lusa

Mundo

Ucrânia

Segundo jornalistas da agência noticiosa France-Presse, as explosões aconteceram entre as 06h35 e as 06h58 (04h35 e 04h58 em Lisboa), tendo a primeira explosão sido antecedida pelo soar de sirenes de ataque aéreo.

Cerca de uma hora depois, o autarca de Kyiv confirmou que várias explosões tinham atingido o bairro de Shevchenkiv, no centro da capital, e pediu aos cidadãos que se mantenham a salvo até que as sirenes de ataque aéreo parem de soar.

"Todos os serviços continuam a funcionar. (...) O alerta continua. Mantenham-se nos abrigos!" escreveu Vitali Klitschko na plataforma Telegram.

 

Menos de dez minutos depois, o autarca confirmou uma segunda explosão no mesmo bairro de Kyiv.

 

Vários prédios residenciais foram atingidos, mas ainda não há informação sobre se há feridos.

O chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, confirmou entretanto que o bairro de Shevchenkiv foi atacado por drones kamikaze.

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia em 10 de outubro, dois dias depois de uma explosão ter danificado uma ponte russa na Crimeia, uma infraestrutura estratégica e símbolo da anexação desta península ucraniana pela Rússia.

O ataque causou pelo menos 10 mortos e 60 feridos, incluindo cinco vítimas mortais e 51 feridos em Kyiv, segundo Vitali Klitschko.

Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou não prever novos ataques "massivos" na Ucrânia.

"No imediato, não há necessidade de ataques massivos. Atualmente, existem outros objetivos. De momento. Depois veremos", declarou Putin em conferência de imprensa após uma cimeira regional no Cazaquistão, assegurando ainda que não tem por objetivo "destruir a Ucrânia".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

[Notícia atualizada às 07h02]

Leia Também: Moscovo confirma chegada de primeiro contingente russo à Bielorrússia

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