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Autoridades condenam lei marcial decretada por Putin nas regiões anexadas

As autoridades ucranianas condenaram hoje a ordem do Presidente russo, Vladimir Putin, de decretar a lei marcial nas quatro regiões recentemente anexadas como uma tentativa da Rússia de "legalizar pilhagens e deportações forçadas".

Autoridades condenam lei marcial decretada por Putin nas regiões anexadas
Notícias ao Minuto

22:28 - 19/10/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Moscovo procura "suprimir a resistência" nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporiyia, anexadas pelo Kremlin com base nos resultados dos referendos de adesão "fraudulentos" realizados no final de setembro.

"O decreto de Putin é nulo e sem efeito. Não tem consequências legais para a Ucrânia nem para os seus cidadãos, bem como para a comunidade internacional", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa declaração em consonância com a que foi emitida quando da rejeição da anexação das regiões.

Kiev apelou à comunidade internacional para reagir ao último movimento de Moscovo e advertiu que o Kremlin poderia chegar ao ponto de privar os residentes destas áreas "dos direitos humanos mais básicos".

O Presidente Putin decretou hoje a lei marcial nas regiões de Lugansk, Donetsk, Zaporiyia e Kherson, alegando que estava apenas a formalizar uma situação que já existe "de facto" ao mesmo tempo que acusou a Ucrânia de não reconhecer a expressão democrática dos cidadãos destes territórios.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Biden acusa Putin de crueldade com ucranianos por instaurar lei marcial

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