Giorgia Meloni, líder do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, é, oficialmente, a primeira-ministra do país, depois de ter saído vitoriosa nas eleições de 25 de setembro.
"Giorgia Meloni aceitou o mandato e apresentou a sua lista de ministros", revelou o secretário-geral da presidência, Ugo Zampetti, em declarações aos jornalistas, citadas pela agência Reuters.
Meloni, de 45 anos, será a primeira mulher no cargo de primeira-ministra, tendo sido recebida pelo presidente Sergio Mattarella esta manhã, com a missão de formar governo.
O governo tomará posse na manhã de sábado, tornando-se no executivo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial.
De notar que, para o lançamento oficial do governo de Meloni, esta deve submeter-se à investidura nas duas casas do parlamento, o senado e a câmara de deputados. Será, contudo, um mero formalismo, já que a coligação tem apoio maioritário para governar.
No entanto, Matteo Salvini, da Liga (extrema-direita), e Silvio Berlusconi, da Força Itália (direita), têm mostrado alguma relutância em aceitar a liderança de Meloni que, face aos comentários controversos de Berlusconi, que afirmou ter-se "reaproximado" do presidente russo, Vladimir Putin, culpando Kyiv pela guerra, assegurou que Itália é "parte, em pleno e de cabeça erguida", da Europa e da NATO.
A composição do seu governo deverá, assim, refletir essa visão. O ex-presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani, membro do Força Itália, é o favorito para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto Giancarlo Giorgetti, representante da ala moderada do Liga e ministro do Governo de Mario Draghi, deverá ficar com a pasta da Economia.
No parlamento, a oposição ficará a cargo do Partido Democrata (progressista), do Movimento Cinco Estrelas (extrema-direita) e do Terceiro Polo (centro), entre outras pequenas formações políticas.
[Notícia atualizada às 17h27]
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