"Na segunda-feira estou na Rússia com uma mensagem de paz. Vladimir Putin precisa de dialogar com o seu irmão Zelensky", disse Umaro Sissoco Embaló.
O presidente guineense é o segundo líder africano a deslocar-se à Rússia, enquanto presidente em exercício da CEDEAO, depois do chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, ter viajado em junho para aquele país enquanto presidente em exercício da União Africana.
"É preciso falarmos de paz, porque o mundo está atormentado. Podemos partilhar a nossa experiência. Não é bonita a situação em que o mundo está", lamentou Umaro Sissoco Embaló.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU confirmou, desde o início da guerra, 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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