Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 18º

É hoje indigitado novo PM britânico. Sunak enfrenta desafios "colossais"

O ex-ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, que se tornou esta segunda-feira no primeiro primeiro-ministro não branco da Grã-Bretanha, após ter sido escolhido para líder do Partido Conservador, terá de guiar o país num ambiente de "turbulência" económica e política.

É hoje indigitado novo PM britânico. Sunak enfrenta desafios "colossais"
Notícias ao Minuto

00:01 - 25/10/22 por Lusa

Mundo Reino Unido/Crise

Os desafios que o terceiro primeiro-ministro este ano do Reino Unido vai enfrentar "são colossais", explica a Associated Press, lembrando que Sunak vai tentar recuperar uma economia que "está em recessão" e a "cambalear", depois da "breve e desastrosa experiência económica libertária" da sua antecessora no cargo, ao mesmo tempo em que "tentará unir" um partido "desmoralizado e dividido", que "está muito atrás" do partido Trabalhista nas sondagens.

Na sua primeira declaração pública, tendo em conta a atual situação, Sunak disse: "O Reino Unido é um grande país, mas não há dúvida de que enfrentamos um profundo desafio económico".

"Precisamos agora de estabilidade e unidade, e a minha maior prioridade é agora unir o nosso partido e nosso país", afirmou Sunak, que aos 42 anos é o primeiro-ministro mais jovem da Grã-Bretanha em 200 anos.

Sunak será o primeiro primeiro-ministro britânico que tem as suas raízes no sul da Ásia (Índia) e seu primeiro líder hindu praticante - um marco num país que foi uma potência colonial e cuja contestação ao seu passado existe.

Eleito na segunda-feira o líder do partido Conservador, no dia em que os hindus celebram o Diwali, Sunak substitui Liz Truss, que se demitiu na semana passada, após 45 agitados dias no cargo.

O seu único rival, Penny Mordaunt, desistiu depois de não ter alcançado o apoio de 100 deputados conservadores, o número necessário para continuar na disputa ao cargo de primeiro ministro do país.

Sunak será recebeido pelo Rei Carlos III

Sunak irá ser convidado pelo Rei Carlos III a formar Governo e tornar-se-á primeiro-ministro esta terça-feira numa cerimónia de passagem de poder por parte da sua antecessora Liz Truss.

Truss será recebida depois pelo Rei Carlos III no Palácio de Buckingham, onde vai formalizar a demissão de primeira-ministra. O monarca receberá então o sucessor, Rishi Sunak, que indigitará primeiro-ministro e encarregará de formar governo enquanto líder do partido com a maioria parlamentar.

O novo primeiro-ministro viajará de seguida para Downing Street, onde fará uma declaração no exterior pelas 11:35. 

Segue-se a formação do novo Executivo, devendo os principais nomes ser anunciados ainda hoje. Sunak elegeu como prioridade unir o partido, pelo que estará sob pressão para escolher representantes das diferentes correntes dos 'tories'.

As atenções vão estar centradas sobretudo em Jeremy Hunt e se este vai permanecer como ministro das Finanças, tendo em conta o papel importante que teve em acalmar os mercados financeiros nos últimos dias. 

Outra curiosidade será o destino de Penny Mordaunt, a única adversária declarada de Sunak nesta eleição que acabou por não reunir apoios suficientes. 

Mordaunt já foi ministra da Defesa e ocupa atualmente a posição de líder da Câmara dos Comuns, um cargo no governo equivalente a ministra dos Assuntos Parlamentares. 

O terceiro primeiro-ministro em apenas sete semanas

Sunak, de 42 anos e descendente de imigrantes indianos, será o terceiro primeiro-ministro do Reino Unido em sete semanas, depois de Boris Johnson e Liz Truss, e o mais novo desde 1783. 

O antigo ministro das Finanças foi o único candidato à liderança do Partido Conservador a receber o apoio exigido de pelo menos 100 dos 357 deputados Conservadores.

Numa declaração na sede do Partido segunda-feira em Londres, declarou assumir a responsabilidade com "humildade e honra" e prometeu "estabilidade e unidade" numa altura em que o Reino Unido enfrenta "um grande desafio económico". 

Leia Também: Sondagem dá vitória a Starmer e mais de metade quer eleições antecipadas

Recomendados para si

;
Campo obrigatório