Kyiv anuncia exumação de mais de mil corpos em territórios reconquistados

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que já exumaram cerca de mil corpos nos territórios recuperados durante a contra-ofensiva contra as forças invasoras russas.

Notícia

© Christopher Furlong/Getty Images

Lusa
26/10/2022 13:00 ‧ 26/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O Ministério para a Reintegração de Territórios Ocupados Temporariamente deu conta desta descoberta na sua conta da rede social Telegram, explicando que o comissário do departamento responsável pelas pessoas desaparecidas, Oleg Kotenko, ficou responsável pela deteção de valas comuns na região.

"Como parte da busca, cerca de mil corpos de heróis e civis mortos já foram exumados", informou o Ministério.

Quase metade dos corpos agora exumados, 450, foram encontrados numa vala comum em Izium, na província de Kharkiv, depois de esta cidade ter sido reconquistada pelas forças ucranianas, em 10 de setembro.

"Entre os mortos não estão apenas militares, mas também civis, adultos e crianças. Os dados exatos só serão conhecidos após a conclusão dos exames", referiu o Governo ucraniano.

A contra-ofensiva ucraniana lançada no início de setembro no leste do país permitiu que Kiev recuperasse centenas de cidades ocupadas pelo exército russo, nas províncias de Kharkiv e Donetsk.

O ministro ucraniano da Administração Interna, Denys Monastyrsky, já tinha informado, em 17 de outubro, da exumação de um total de 600 mortos na região de Kharkiv - incluindo as sepulturas de Izium.

Quatro dias depois, a polícia ucraniana anunciou que, após a conclusão dos trabalhos de exumação em Lyman, os corpos de 111 civis e 35 soldados foram recuperados nesta cidade da região de Donetsk.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia quer "dessatanizar" a Ucrânia; Afegãos recrutados?

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas