Entre os sancionados estão oligarcas "amplamente reconhecidos por fazerem reféns e corromperem as instituições políticas e económicas da Moldávia e aqueles que atuam como instrumentos da campanha de influência global da Rússia", aponta o Departamento do Tesouro em comunicado.
Essa campanha, de acordo com a nota, "procura manipular os Estados Unidos e os seus aliados e parceiros, incluindo a Moldávia e a Ucrânia".
Entre as sanções contam-se o oligarca Vladimir Plahotniuc, que liderou o Partido Democrático da Moldávia (PDM), no poder no país entre 2016 e 2019, que Washington acusa de ter aproveitado o seu controlo do sistema judicial e dos principais meios de comunicação social da Moldávia contra os seus opositores e para se proteger a si próprio e ao seu círculo.
Também visado é Ilan Mironovich Shor, presidente do partido populista Shor e preso no passado por lavagem de dinheiro e acusações de peculato relacionadas com o roubo de mil milhões de dólares em 2014 aos bancos moldavos, por envolvimento com vista a interferir "numa eleição nos Estados Unidos ou noutro governo estrangeiro em nome ou em benefício direto ou indireto do Executivo russo".
Da lista constam ainda cidadãos russos, como o jurista e empresário Igor Yuryevich Chayka, acusado de desenvolver planos detalhados para minar o poder da Presidente da Moldávia, Maia Sandu, e colocar o país de novo sob a esfera de influência da Rússia.
As sanções estabelecem que os imóveis e bens nos Estados Unidos ou sob o controlo de autoridades norte-americanas das pessoas e entidades visadas estão bloqueados e devem ser notificados ao Serviço de Controlo de Bens Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro.
Qualquer entidade em que os visados tenham uma participação direta ou indireta de, pelo menos, 50% está também bloqueada.
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