"Como ministras das Negócios Estrangeiros, sentimos a responsabilidade de ecoar as vozes das mulheres iranianas", destacaram, num comunicado conjunto, as ministras da Albânia, Andorra, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Islândia, Kosovo, Líbia, Liechtenstein, Nova Zelândia e Noruega.
As doze governantes expressaram a sua "solidariedade com as corajosas mulheres iranianas que exercem o seu direito de reunião pacífica e defendem os seus direitos fundamentais".
As ministras também condenaram a "aplicação violenta" da lei do véu iraniano e "a repressão em curso aos manifestantes".
O Irão tem sido abalado por protestos desde que a jovem curda iraniana morreu, em 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida em Teerão pela chamada 'polícia dos costumes', que a acusou de violar o rígido código de indumentária, que inclui o uso do véu em público.
Esta quarta-feira assinalou-se o fim do luto tradicional de 40 dias.
Amini continua a estar no centro de fortes protestos que decorrem há mais de um mês no Irão e que têm representado um dos maiores desafios à ordem imposta pela República Islâmica desde que em 2009 as manifestações do Movimento Ecologista levaram milhões para as ruas.
A sua morte desencadeou protestos em dezenas de cidades por todo o país de 80 milhões de pessoas, com jovens mulheres a marcharem pelas ruas expondo publicamente e cortando o cabelo. O Governo iraniano reagiu com forte repressão, atribuindo a culpa das manifestações à ingerência estrangeira.
Os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que desde o início dos protestos, há mais de um mês, as forças de segurança iranianas mataram mais de 200 pessoas, incluindo crianças.
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