Medvedev. "O povo da Rússia também está a sofrer", mas será "vingado"

O ex-presidente russo acusou os EUA de usar a Ucrânia como "moeda de troca".

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Notícias ao Minuto
27/10/2022 09:12 ‧ 27/10/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, comentou, esta quinta-feira, as eleições intercalares nos Estados Unidos da América (EUA), marcadas para o próximo dia 8 de novembro, e acusou o país de usar a Ucrânia como “moeda de troca”. No entanto, alertou, a Rússia “também está a sofrer”.

“Como podem os democratas/republicanos de hoje pagar pela sua vitória ou derrota no Capitólio?”, começou por questionar o político na plataforma Telegram.

Para Medvedev, “a moeda é, de facto, uma - a vida dos cidadãos do mítico país da Ucrânia, da qual eles não precisam”. “Eles [ucranianos] são uma moeda de troca no grande jogo americano”, frisou. 

O ex-presidente russo acrescentou que “a vida dos ucranianos paga pelo abastecimento infinito de armas americanas” e que estão prontos a “pagar no caso do uso de uma ‘bomba suja’”. Sublinhe-se que a Rússia tem acusado, desde domingo, Kyiv de ter um alegado plano para usar no seu próprio território uma bomba convencional com material radiotivo para desencadear uma resposta dos aliados ocidentais contra Moscovo.

Medvedev sublinhou que o povo russo “também esta a sofrer”, mas será “vingado”, seja no “campo de batalha” ou “noutras direções”, e que “ninguém se vai lembrar dos ucranianos”.

“Afinal, o principal para os EUA não é quem vai controlar a Câmara e o Senado. Portanto, a guerra será travada até ao ‘fim vitorioso’. Ou melhor - simplesmente até ao fim. O fim da Ucrânia”, atirou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Rússia criticada após acusar países ocidentais de pressionarem ONU

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