Joe Biden assina acordo climático internacional sobre refrigerantes

O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinou hoje um acordo internacional que obriga os Estados Unidos e outros países a limitar a utilização de hidrofluorocarbonetos (HFC), gases de efeito de estufa poluentes usualmente usados em sistemas de ar condicionado.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
28/10/2022 06:55 ‧ 28/10/2022 por Lusa

Mundo

EUA

O Senado ratificou a chamada Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal de 1987 sobre poluição por ozono em setembro numa rara votação bipartidária.

A medida exige que as nações participantes reduzam gradualmente a produção e o uso de HFC em 85% nos próximos 14 anos, como parte de uma eliminação global destinada a abrandar as alterações climáticas.

Os HFC são considerados um dos principais impulsionadores do aquecimento global.

Quase 200 países chegaram a um acordo em 2016 em Kigali, no Ruanda, para limitar os HFC e encontrar substitutos mais amigáveis à atmosfera.

Mais de 130 nações, incluindo a China, a Índia e a Rússia, ratificaram formalmente o acordo, que os cientistas dizem que pode ajudar o mundo a evitar meio grau Celsius de aquecimento global.

Biden prometeu apoiar o acordo de Kigali durante a campanha presidencial de 2020 e apresentou o acordo ao Senado no ano passado.

O conselheiro sénior para as Alterações Climáticas da Casa Branca, Ali Zaidi, disse que a ratificação formal do acordo de Kigali -- com a assinatura de Biden -- "significa que os Estados Unidos estão empenhados na redução dos HFC" e no avanço dos esforços globais para combater as alterações climáticas.

O acordo deve levar à criação de dezenas de milhares de novos empregos e gerar milhares de milhões de dólares em exportações à medida que tecnologias limpas são desenvolvidas para substituir HFC em todo o mundo, segundo Zaidi.

A ratificação da emenda foi apoiada por uma coligação incomum que incluiu grandes grupos ambientais e empresariais, incluindo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos.

Alguns senadores republicanos opuseram-se ao tratado, dizendo que daria tratamento preferencial à China ao designá-la com um país em desenvolvimento.

O Senado aprovou uma emenda amplamente simbólica dos senadores republicanos, Dan Sullivan, do Alasca, e Mike Lee, do Utah, declarando que a China não é um país em desenvolvimento e não deve ser tratada como tal pela Organização das Nações Unidas ou outras organizações intergovernamentais.

Leia Também: Biden tenta recentrar campanha democrata na economia

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