A Polícia Rodoviária Federal informou que correm protestos em vários estados do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso, embora as autoridades ainda estejam a recolher dados.
Em vários vídeos que circulam nas redes sociais, os camionistas são vistos bloqueando as vias com seus veículos ou com pneus queimados.
Em alguns casos, os manifestantes contestaram a vitória eleitoral do líder progressista Luiz Inácio Lula da Silva e alguns pediram uma "intervenção" das Forças Armadas em favor de Bolsonaro.
Lula da Silva venceu as eleições de domingo com 50,9% dos votos, ante 49,1% de Jair Bolsonaro, apoiado pela extrema-direita, que ainda não se pronunciou sobre o resultado eleitoral.
O bloqueio mais importante foi registado na Via Dutra, uma estrada que liga as duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo um porta-voz da polícia, os bloqueios no Rio de Janeiro já foram suspensos, mas dificultam o trânsito em cidades industriais como Barra Mansa e Resende.
No estado do Paraná, na fronteira com Argentina e Paraguai, ocorreu um bloqueio na rodovia BR-476, no alto do município de União da Vitória, do qual participaram "cerca de 30 pessoas".
Em Mato Grosso, estado fronteiriço com a Bolívia e grande produtor de soja, houve bloqueios no polo agrícola dos municípios de Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum.
A Justiça Federal do Pará, por sua vez, proibiu os protestos a partir de hoje convocados por diferentes associações de camionistas.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente do Brasil com 50,90% dos votos e derrotou Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%. Com 77 anos, Lula da Silva vai ser o 39.º Presidente do Brasil, depois de já ter cumprido dois mandatos como chefe de Estado, entre 2003 e 2011. É a primeira vez na história democrática recente do Brasil que um recandidato regressa ao Palácio da Alvorada depois de uma vitória na segunda volta.
Leia Também: Noruega retomará ajuda à Amazónia após vitória de Lula da Silva