De acordo com um comunicado da Casa Branca, Biden elogiou "a força" dessas instituições após "eleições livres, justas e confiáveis".
Durante a conversa, ambos os dirigentes falaram da "forte relação" bilateral e comprometeram-se a continuar a trabalhar como parceiros face a desafios comuns, "como o combate às alterações climáticas, a salvaguarda da segurança alimentar, a promoção da inclusão e da democracia, e gestão regional da migração", disse o Governo dos Estados Unidos da América (EUA).
No domingo, Biden foi um dos primeiros líderes internacionais a felicitar Lula da Silva pela vitória nas eleições presidenciais no Brasil.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse hoje em conferência de imprensa que "as eleições foram exemplares" no Brasil, uma vez que "o processo decorreu sem problemas, sem acusações credíveis de fraude ou interrupções significativas na votação eletrónica".
Questionado sobre o silêncio do Presidente cessante, o candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro, que ainda não admitiu a derrota, Price respondeu que "inúmeras figuras de todo o espetro político no Brasil manifestaram publicamente o seu respeito pelo resultado".
"As eleições reforçam a nossa confiança na força das instituições democráticas do Brasil para eleições livres, justas e transparentes", comentou.
O porta-voz ressaltou que "o Brasil é um parceiro importante para os Estados Unidos" e afirmou que o Governo de Biden espera "trabalhar" com o novo executivo brasileiro, que tomará posse em 01 de janeiro de 2023.
Além de Biden, Lula da Silva conversou hoje por telefone com líderes mundiais como os Presidentes de França, Emmanuel Macron, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
Da parte de Portugal, recebeu ligações do Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa.
Lula da Silva falou ainda com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, segundo o Partido dos Trabalhadores (PT).
Essas conversas telefónicas somam-se ao encontro presencial que Lula da Silva teve em São Paulo com o Presidente da Argentina, Alberto Fernández.
Com 100% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais no domingo por uma curta margem, recebendo 50,9% dos votos contra 49,1% obtidos pelo atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que aspirava a um novo mandato de quatro anos.
Lula da Silva, símbolo da esquerda latino-americana, assumirá novamente a Presidência do Brasil em 01 de janeiro de 2023 para um terceiro mandato, depois de ter governado o país entre 2003 e 2010.
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