Papa afirma que a paz não se atinge através da derrota de alguém

O Papa, que viaja para o Barém na quinta-feira, afirmou hoje em Roma que nunca se pode alcançar a paz pela violência ou derrota, apelando de novo ao fim do conflito na Ucrânia.

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Lusa
01/11/2022 13:30 ‧ 01/11/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Fazem-nos acreditar que a paz vem com força e poder: para Jesus é o contrário (...) A paz não se alcança conquistando ou derrotando alguém, nunca é violenta, nunca é armada", disse Francisco na sua mensagem da oração do Angelus, a partir da Praça de São Pedro.

"Todos queremos paz, mas muitas vezes o que queremos é estar em paz, ficar sozinho, não ter problemas, mas ter calma", mas "Jesus, por outro lado, não chama bem-aventurados os que estão em paz, mas aos que fazem a paz, aos construtores, aos que trabalham pela paz", explicou, citado pelas agências de notícias internacionais.

O Papa acrescentou que "a paz deve ser construída e, como qualquer construção, exige empenho, colaboração, paciência".

"Como tornar-se num construtor da paz", perguntou o Papa, respondendo de seguida que, para tal, "é necessário desarmar o coração" dos "pensamentos e palavras agressivos" e "defendermo-nos com o arame farpado e com os muros da indiferença".

"A semente da paz exige que o campo do coração seja desmilitarizado", disse Francisco, que afirmou que "aqueles que trabalham pela paz serão chamados filhos de Deus" e que "no mundo parecem deslocados, porque não cedem à lógica do poder e do domínio, no Céu serão os mais próximos de Deus, os mais semelhantes a Ele".

No final da mensagem, o chefe máximo da Igreja Católica voltou a apelar a que não se esqueça "a Ucrânia martirizada" e que se reze para que a paz chegue a este país.

O Papa disse que viaja na quinta-feira para o Barém, entre a Arábia Saudita e o Irão,"para apoiar a fraternidade e a paz no mundo em nome de Deus", duas condições das quais tem "necessidade urgente".

Francisco vai participar no Fórum de Diálogo entre Oriente e Ocidente, em que vai estar em evidência a necessidade de "ocidente e oriente se encontrarem para o bem de todos".

O programa da viagem engloba também um encontro com vários líderes religiosos e realiza uma oração pela paz na Catedral Nossa Senhora da Arábia, em Awali.

Leia Também: Uso de armas nucleares "constitui agora abertamente uma ameaça"

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