"Hoje estarei em Bruxelas para me encontrar com as principais instituições europeias. A voz de Itália na Europa será forte: estamos prontos a enfrentar as grandes questões, começando pela crise energética, trabalhando em conjunto para uma solução de apoio às famílias e às empresas e para travar a especulação", escreveu Giorgia Meloni numa publicação na rede social Twitter.
A posição surge antes de, esta tarde, a nova primeira-ministra italiana se reunir com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a líder do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Segundo fontes europeias, a primeira reunião será com Roberta Metsola, às 16:00 (hora local, menos uma em Lisboa), seguindo-se os encontros com Ursula von der Leyen (pelas 17:30 locais) e com Charles Michel (pelas 18:30 locais).
As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu desde logo porque a UE depende dos combustíveis fósseis russos, como o gás, e teme cortes no fornecimento este inverno, situação que já levou vários líderes europeus a defender trabalho conjunto para enfrentar esta crise energética.
Atualmente, Itália é o maior beneficiário líquido da UE no âmbito do atual Fundo de Recuperação, dispondo de quase 70 mil milhões de euros em subvenções e mais de 120 mil milhões de euros em empréstimos.
Giorgia Meloni, que ainda não se estreou nas cimeiras europeias -- já que no Conselho Europeu de outubro esteve o seu antecessor, Mario Draghi --, não se encontrará hoje, porém, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que se encontra em visita oficial à Turquia.
Vencedora das eleições legislativas em 25 de setembro, Giorgia Meloni vai governar com a coligação de direita e de extrema-direita -- com a Liga, de Matteo Salvini, e com o Força Itália, de Silvio Berlusconi --, que tem maioria no novo parlamento.
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