EUA acusam Rússia e China de protegerem testes de mísseis norte-coreanos
Washington acusou, esta sexta-feira, Moscovo e Pequim de protegerem os testes de mísseis de Pyongyang e permitirem que a Coreia do Norte "goze" com o Conselho de Segurança da ONU e coloque em risco a segurança de outros países.
© Reuters
Mundo Mísseis
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, denunciou que o governo norte-coreano está a usar a "proteção" oferecida pela Rússia e pela China na ONU para violar as resoluções da organização que proíbem esse tipo de teste e continuar a desenvolver o seu programa de armas.
A Rússia e a China vetaram um reforço das sanções contra Pyongyang em 2022, além de se recusarem a condenar os ensaios militares.
"Esses membros fizeram um grande esforço para justificar as repetidas violações da Coreia do Norte enquanto permitem que a Coreia do Norte goze com este Conselho", insistiu Thomas-Greenfield.
Os Estados Unidos fizeram esta declaração durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança em resposta aos mais recentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte.
Na quinta-feira, a Coreia do Norte lançou três mísseis balísticos, um dos quais ativou o alerta em várias regiões do Japão, apesar de aparentemente não ter sobrevoado o arquipélago devido a uma falha no voo, somando-se aos mais de 20 projéteis lançados no dia anterior.
Thomas-Greenfield acusou a Rússia e a China de "regurgitarem propaganda norte-coreana" após terem afirmado que os testes são uma resposta a exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul e insistiu que essas movimentações são defensivas e não representam ameaça para o país.
A representante norte-americana pediu "unidade" a todos os membros do Conselho de Segurança para condenar o comportamento do governo de Kim Jong-un, que vai contra as medidas que a ONU - incluindo China e Rússia - lhe impôs.
Em resposta, o embaixador chinês Zhang Jun afirmou que os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte "não surgem no vazio" e são uma resposta direta às manobras dos Estados Unidos e dos seus aliados.
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